No são-joão,
nu ou vestido, o forró
1. O forró, e somente o forró faz a festa de São João legítima e mais bonita.
Portanto, nada de "música sertaneja" nos arrasta-pés são-joaninos. Permitir a inserção desse ritmo na festa do Precursor é violentar a tradição e a cultura nordestinas. Tem gente querendo isso.
2. Embora de maneira, que considerei tímida, a cantora paraibana Elba Ramalho, 65, reagiu.
3. Entrevistada pela Folha de São Paulo, ela disse: "O Nordeste é um lugar muito aberto, toca todo tipo de música. Os artistas sertanejos serão sempre bem-vindos aqui... Mas acho que em junho, mês de São João, a prioridade deve ser dada à nossa tradição, ao nosso forró".
4. Elba podia ter sido mais incisiva na defesa do forró, vetando a participação dos "sertanejos" nos festejos joaninos.
Como forrozeira legítima e respeitada, podia ter dito, com todas as letras, que, no são-joão, a vez é dos sanfoneiros, do zabumba e do triângulo.
5. Que veem fazer, nos forrós joaninos, cantores como Luan Santana, Anita e uma tal de Marília Mendonça; sem querer tirar o valor artístico de cada um. Eles não são do forró; não são forrozeiros.
6. A chamada "música sertaneja", contra a qual nada tenho, quando bem-feita, eu aplaudo. A dupla Zezé de Camargo e Luciano, por exemplo, é compositora de bonitas músicas. Mas não é uma dupla do forró.
Leandro (falecido) e Leonardo fizeram boas músicas, como a canção "Não aprendi dizer adeus". Mas não são forrozeiros.
7. A "música sertaneja", composta e cantada pelos "sertanejos", não é música do sertão. É música caipira (?) que chegou até nós trazida por Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico e Chitãozinho e Xororó.
8. Posso estar errado ao afirmar que os cantores e compositores sertanejos estão no sertão do nordeste.
Cito alguns: Alcimar Monteiro, Targino Gondim, Flávio José, Zelito Miranda e Adelmario Coelho. Não esquecendo, jamais, Dominguinhos e Luiz Gonzaga. São deles os mais bonitos xotes, xaxados, baiões e forrós.
9. Me digam, como pular fogueiras ao som da chamada "música sertaneja"? Essa música não tem sanfona, nem zabumba, nem triângulo.
10. Afastemos, pois, a bizarra ideia de meter os cantores "sertanejos" nas festas são-joaninas. Como disse Elba Ramalho, em junho, "a prioridade deve ser dada ao nosso forró", em respeito à tradição nordestina.
11. Mas não precisa exagerar. Estou lendo nas gazetas, que, na praia baiana de Massarandupió acontecerá o Forró Nu! Melhor dizendo: o forró dos nus!
12. Massarandupió (ou mió?) fica no litoral norte, a 90 km de Salvador. Avisou o organizador do inusitado evento: "Vai ser um forró como outro qualquer. A única diferença é que as pessoas estarão nuas".
E que diferença, hein? Posso imaginar como será uma quadrilha formada por casais desnudos...
13. Digo eu: pouco importa se os forrozeiros estejam vestidos ou nus; o fundamental é aderir à campanha que circula nas redes sociais: #Devolva-MeuSãoJoão.
Vestidos ou nus, defenda-se, com vigor e coragem, o nosso forró. São João Batista agradecerá.
nu ou vestido, o forró
1. O forró, e somente o forró faz a festa de São João legítima e mais bonita.
Portanto, nada de "música sertaneja" nos arrasta-pés são-joaninos. Permitir a inserção desse ritmo na festa do Precursor é violentar a tradição e a cultura nordestinas. Tem gente querendo isso.
2. Embora de maneira, que considerei tímida, a cantora paraibana Elba Ramalho, 65, reagiu.
3. Entrevistada pela Folha de São Paulo, ela disse: "O Nordeste é um lugar muito aberto, toca todo tipo de música. Os artistas sertanejos serão sempre bem-vindos aqui... Mas acho que em junho, mês de São João, a prioridade deve ser dada à nossa tradição, ao nosso forró".
4. Elba podia ter sido mais incisiva na defesa do forró, vetando a participação dos "sertanejos" nos festejos joaninos.
Como forrozeira legítima e respeitada, podia ter dito, com todas as letras, que, no são-joão, a vez é dos sanfoneiros, do zabumba e do triângulo.
5. Que veem fazer, nos forrós joaninos, cantores como Luan Santana, Anita e uma tal de Marília Mendonça; sem querer tirar o valor artístico de cada um. Eles não são do forró; não são forrozeiros.
6. A chamada "música sertaneja", contra a qual nada tenho, quando bem-feita, eu aplaudo. A dupla Zezé de Camargo e Luciano, por exemplo, é compositora de bonitas músicas. Mas não é uma dupla do forró.
Leandro (falecido) e Leonardo fizeram boas músicas, como a canção "Não aprendi dizer adeus". Mas não são forrozeiros.
7. A "música sertaneja", composta e cantada pelos "sertanejos", não é música do sertão. É música caipira (?) que chegou até nós trazida por Tonico e Tinoco, Milionário e José Rico e Chitãozinho e Xororó.
8. Posso estar errado ao afirmar que os cantores e compositores sertanejos estão no sertão do nordeste.
Cito alguns: Alcimar Monteiro, Targino Gondim, Flávio José, Zelito Miranda e Adelmario Coelho. Não esquecendo, jamais, Dominguinhos e Luiz Gonzaga. São deles os mais bonitos xotes, xaxados, baiões e forrós.
9. Me digam, como pular fogueiras ao som da chamada "música sertaneja"? Essa música não tem sanfona, nem zabumba, nem triângulo.
10. Afastemos, pois, a bizarra ideia de meter os cantores "sertanejos" nas festas são-joaninas. Como disse Elba Ramalho, em junho, "a prioridade deve ser dada ao nosso forró", em respeito à tradição nordestina.
11. Mas não precisa exagerar. Estou lendo nas gazetas, que, na praia baiana de Massarandupió acontecerá o Forró Nu! Melhor dizendo: o forró dos nus!
12. Massarandupió (ou mió?) fica no litoral norte, a 90 km de Salvador. Avisou o organizador do inusitado evento: "Vai ser um forró como outro qualquer. A única diferença é que as pessoas estarão nuas".
E que diferença, hein? Posso imaginar como será uma quadrilha formada por casais desnudos...
13. Digo eu: pouco importa se os forrozeiros estejam vestidos ou nus; o fundamental é aderir à campanha que circula nas redes sociais: #Devolva-MeuSãoJoão.
Vestidos ou nus, defenda-se, com vigor e coragem, o nosso forró. São João Batista agradecerá.