S o b r e v i v e n t e

Era um sobrevivente em meio às agruras do cotidiano num país em transe. às vezes desaniva; às vezes fivava esperançoso. Sabia que nãi infuia e nem contrbuia, que era apenas um velho aposentado, donte, com todos os achaques póprios da "boa idade", acrecidos por uma insônia crônica.

Nos ultimos tempos devido à sua aflição devido à crise no patropi, principalmente porque tinha consciência de suas limitações e imotência para reagir e tentar fazer alguma coisa, os achaques e a insônia aumentaram paca.

Naquela noite nem com os chazinhos e o pensamento positivo, sem ligar rádo, tevê e sem se ligar na internet, o sono não chegava. Resolveu pegar u livro pra ler, u rmance de Agatha Christie, "Nêmesis", er um dos casos de Miss Marple. Quando abriu o livro que apanhara no troca-troca dos livros, encontrou um papelzinho dentro com uma frase de Carlos Lacerda: "A liberdade nao é um bem quese adquire ou se alugae portanto se pode alienar ou dispensar. É um atributo do homem, uma qualidade inseparável de sua natureza". Nada mais exato, pensou, e riu pensando no que os amigos da esquerda diriam se o vissem admirando algo dito por Lacerda, um ícone da direita. Riu novamente, penando: - Que é que tem se admirar algo verdadeiro seja dito por um esquerdista o um direitista? A verdade é uma só, não tem nada a ver com ideologia.

Mas não conseguiu se concentrar na leitura, acompanhou Miss Marple somente até o escritório dos advogados. Voltou a divagar, pensando o quanto era difícil sobreviver num país em transe. Mas precisava sobreviver. Quando falu a palavra sobreviver lembrou de um cartum antigo dojornal "O Pasquim". ele mostrava alguns soldados romanos pregando o Cristo na cruz, e um deles, justamente o que preagava o maior prego, dizia paa se justificar: - Eu preciso sobreviver! Pensou que muita gente no país com a sua omissão estavam repetindo esse soldado.

Foi para a janela, soprava um vento suave, tudo em silêncio, qe só era quebrado pela passagem de um bêbado falando alto ou um raro carro. Olhou para o céu e vu as estrelas e a a lua, meia encoberta, lembrou de uma musica que ouvia nos alto-falantes de sua cidadezinha ainda menino: "Lua, manda tua luz passageira despertar a miha amada...". Pensou na maravilha que era o universo. E, claro, pensou em Deus. Pediu a Ele que iluminasse o povo para salvar o país. Então sentiu s olhos pesando, o sono chegara, deitou-se e dormiu. E sonhou com um aís novo, justo e igualitário. Qando despertar vai ficar triste, mas vai mandar a tristeza embora, como diz o samba:"Tristeza or favor vá embora...".

É um sobrevivente sonhador. O problema é a insônia e a crise. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 18/06/2017
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