MAGALHÃES CHEGA AO CÉU

Mário Osny Rosa

No dia da sua morte Magalhães chega à porta do céu é recebido por São Pedro, que pede para ele esperar um pouco até que ele faz um levantamento de suas atividades na terra em sua ficha de futuro cliente do paraíso celeste, ele todo apresado logo quer entrar no céu:

- Dizendo que só fiz boas obras quando estava na terra, o meu livro deve estar cheios dessas obras, isso com todos os detalhes.

Mas São Pedro como um porteiro zeloso, como aqueles que atendiam a portarias do Gabinete de Magalhães, não aceitou aquela idéia:

- Aguarde mais uns minutos que já volto com sua folha corrida.

Magalhães na teve outra alternativa senão esperar a volta de São Pedro, com a decisão final se o mesmo podia entrar no céu imediatamente sem que houvesse algum empecilho de maior relevância. Como no céu ainda não chegou o avanço tecnológico da maravilha da informática essa busca seria mais demorada até encontrar todos os dados do novo pretendente a morada eterna no céu. Pois o orçamento celeste ainda não tinha recursos para implantar essa nova tecnologia, para um melhor atendimento a aqueles que chegavam e pretendiam morar no céu. Pois o Senhor da Messe tinha problemas na importação de tais equipamentos, e nem tinha como pagar os altos tributos cobrados pelo governo do Brasil, que seria o ponto em que a tecnologia estava mais avançada. Quem sabe nesse momento poderia negociar com esse pretendente algumas regras para a aquisição dessa nova tecnologia.

São Pedro volta e diz:

- Senhor Magalhães a sua ficha não está tão boa como teria dito quando aqui chegou, mas vou recomendar um pequeno estágio num local que ficam todas as pessoas que não estão prontas para entrar no céu. Por lá vai encontrar muitos colegas seus e amigos, e quem sabe alguns inimigos dos velhos tempos vividos lá na terra, mas tenho mais uma recomendação que aconteça aqueles debates acirrados que tenho registrado aqui no seu diário, nem tenho muitas pessoas para intervir nessas disputas, para apaziguar tais debates. Vai fica por duas quarentenas nesse local e depois será avaliado seu comportamento para finalmente entrar no céu.

Magalhães não gostou muito da decisão tomada por São Pedro, mas como ele era o Porteiro do céu ele mandava por ordem do seu superior. E pergunta:

- Mas quanto tempo é essas duas quarentenas, pois na terra esse tempo é poço mais de dois meses, aqui será o mesmo tempo?

São Pedro diz:

- Aqui no céu esse tempo tem uma contagem diferente daquela lá da terra, e é realmente um tempo mais longo, pois estamos na eternidade em que o tempo te pouca relevância.

O anjo auxiliar do porteiro do céu recebe a ordem de São Pedro:

- Leve o Magalhães até o recinto do comprimento das duas quarentenas.

O anjo levou Magalhães até o local abriu a porta e o entregou ao porteiro daquele recinto com as recomendações de São Pedro:

- Este é o Senhor Magalhães que vai cumprir duas quarentenas e entregou uma ficha que tinha as recomendações com relação ao comportamento do novo hospede. O porteiro como de costume recebeu o novo hospede e logo apresentou a todos os que estavam lá cumprimento o estágio de purificação. O primeiro que veio receber foi Leonel Brizola seu adversário político lá na terra nos velhos tempos passados. E assim falou:

Agora que você vem chegando por estas bandas senhor Malvadeza, depois de tudo que aprontou lá na terra, nem deveria estar aqui sendo purificado, mas sim queimado na fornalha do diabo. Magalhães retrucou:

- Esse gaúcho ainda banca o valentão até num ambiente de purificação, bem que disse São Pedro que devo evitar essas polêmicas, ele já chegou provocando.

Brizola como não é de levar desaforo para casa disse:

- Olha aqui não é lá no senado ou na câmara de deputados em que você fazia as suas manobras políticas sem ética, manipula placar de votação e outras coisas mais, aqui a coisa é séria.

O porteiro que atende aquela área separou os dois contendores, para evitar mais polêmicas no futuro.

São José/SC, 11 de agosto de 2.007.

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