O FIASCO DA PERDIÇÃO
Certa vez um grande palestrante entrevistou um renomado escritor brasileiro sobre como seria possível uma pessoa ser bem-sucedida durante toda uma vida. Eles conversaram por horas e horas. Durante o diálogo trataram de diversos comportamentos relativos ao ser humano: das vontades, dos desejos, das necessidades que uma pessoa apresenta cotidianamente. Trataram ainda das adversidades que acometem a humanidade e que, não raramente, podem ser portas para novas oportunidades, ao invés de serem apenas percalços ou entraves para seguirem livremente pelas estradas da vida. O palestrante também indagou ao exímio escritor como ele vivenciou as distintas passagens do tempo que o trouxeram até ali, até se tornar uma das personalidades com maior aceitação e admiração de leitores assíduos e também por grupos e entidades sociais que estudam, copiosamente a lapidação da atitude humana para encontrarem um trajeto que lhes possa ser mais útil e valoroso. O autor respondeu e afirmou em dado momento que nossa maior fraqueza está em renunciarmos das nossas concepções.
Desse modo o virtuoso escritor dizia que toda a nossa vida é produto de nossas ações; que a cada momento estamos construindo e desconstruindo nossos resultados através de cada projeto que iniciamos e que desenvolvemos. Ele disse ainda que inevitavelmente chegamos ao final que foi diagramado, conforme fomos formatando cada situação ou de acordo com que nos omitimos diante da ideia inicial em evidência. Tudo o que almejamos em pensamento e que decidimos, se torna ação e consequentemente o efeito. Sempre haverá um fruto ainda que não haja a conduta desejada ou gerida. O tempo não para, as horas estão em contínuo movimento. O ser humano só fracassa quando desiste de seus projetos, quando ele somente vê à sua frente barreiras que lhe parecem mais elevadas e maiores que o objetivo empreendido. Quando a motivação primeira se extingue, quando as forças do homem se retardam, toda e qualquer obstáculo parece ser o fiasco da perdição. O projeto não pode ser talhado na solidão, no vácuo. Há de se ter bases firmes para que qualquer vento não abale todo o arcabouço arquitetado. Ainda assim lembramos o destacado, Théophile Gautier que foi escritor, poeta, jornalista e crítico literário francês e nos transmite que “com paciência e perseverança muito se alcança”.
Por vezes parece-nos que em casos semelhantes, muitos de nós ao invés de prestarmos atenção ao objetivo, nos encalhamos nas primeiras pedras e não demonstramos forças para seguirmos adiante. Quantas vezes, por exemplo, ao iniciarmos a aprendizagem da direção de um veículo, prestamos mais atenção aos entraves do que na própria estrada? Podemos constatar quando aquele instrutor diz: __cuidado com o poste, olhe o poste, olhe poste, olhe o poste. E aí...... scabrummmm...!!!! O aprendiz de direção veicular, de tanto ouvir a mesma frase “ olhe o poste”, acaba por bater o veículo naquele poste, quando deveria prestar mais cuidado com a estrada, prestar atenção no alvo esquadrinhado e não com tanta ênfase no poste. Dessa maneira, igualmente, o grande empresário americano, Thomas Edison, nos instrui que “ o caminho mais certo de vencer é tentar mais uma vez”.
Muitas vezes agimos assim, pensamos somente no “poste”, somente nas barreiras e nos problemas. De certo se nos concentrássemos mais “na estrada”, isto é, se nos focássemos mais em nossas intenções, sem permitir que as dificuldades nos encalhem; sem consentir que os postes nos paralisem definitivamente, poderíamos permanecer na estrada. Consecutivamente poderíamos abater os impedimentos, na cata de soluções ininterruptas para não permanecermos acuados e inertes. O que nos faz atracar é matutarmos apenas o imbróglio com reclamações que tão-só nos aprisionam, com ideias torpes de que uns podem e conseguem e outros não são capazes. Isso clarividente é algo insensato! “Não basta dar os passos que nos devem levar um dia ao objetivo, cada passo deve ser ele próprio um objetivo em si mesmo, ao mesmo tempo que nos leva para diante”, isso é o que nos alerta o estadista alemão, Johann Goethe. Certamente quando trabalhamos nossos pensamentos e ações para atingirmos os nossos intentos, minimizaremos as possibilidades de infortúnios e potencializaremos nossa capacidade de estarmos de pé, de nos levantarmos perante as tormentas. Com tal espírito faremos com que algo se realize com energia, com ideal e cheguemos ao fim com a alegria da superação, com a emoção de ter percorrido um caminho, por vezes, obstruído, mas que não nos impediu da conquista do triunfo.