Batata de Gilmar tá assando

Diante da subserviência quase total da grande mídia aos podres poderes, quando a gente lê um texto independente, num jornalão como a FSP, vibramos e sentimos uma espécie de lampejo de esperança. Foi o que aconteceu quando li o texto de Jâno de Freitas. Vou trnascrever um trecho:

"... Se o julgamento no TSE deu em alguma coisa, deve-se a Gilmar Mendes. Sua obra de demolição progressiva do respeito púbico pela justiça não inovou seu método - o escárnio agressivo, como arma do facciocismo. Mas criou ali um risco para seus colegas no Supremo Tribunal Federal. O novo pedido de impeachment de Gilmar Mendes foi proposto para dirigir-se, desta vez, ao STF. O primeiro foi dirigido como deveria ser, ao enado, onde Renan Calheiros represntou a covardia da casa e o engavetou. A nova destinação é uma beira de abismo para os colegas de Gilmar Mendes.

"Os autores do pedido são Cláudio Fontenelle e Marcelo Neves. Este professor de direito da Universidade de Brasília. O primeiro é o ex-procurador-geral da República que reinaugurou a decência na Procuradoria Geral, seguindo-se a Geraldo Brindeiro, o "engavetador-geral" nomeado e mantido por Fernando Henrique.Fontenelles que recusou a reeleição porque no passado defendera o rodízio rígido, desfruta de alto prestígio na classe jurídica por sua honorabilidade e pelo saber. É notório que não está se lançando por leviandade,

"Um processo de impeachmentnão é, porém, coisa esperável no Supremo dos nossos dias. Até para a nova admissão do pedido, considerada a proximidade intelectual da presidenteCármen Lúcia a Gilmar Mendes. Além disso, a índole dominante no conjunto de ministros é a de pessoas acima de qualquer restrição, por mais que um ou outro dos juízes derrube, em visões externas. a autoconsagração.

"Se aceitar o processode impeachment seria um despropósitopara o colega Gilmar Mendes, repeli-lo, a priori ou por decisão final, seria desastroso. Do ponto de vista mais objetivo, são inúmeras as provas de conduta imprópria desse ministro que se considera acima de todo regramento. E das maneiras pessoais civilizadas - sobretudo se recomendadas pela ética da magistratura.

"Apar daquele cadastro factual, prevalece na opinião pública, por iniiciativa do próprio Gilmar Mendes, a convicção de sua incompatibilidade com a função. E não se vislumbra defesa possível para as atitudes que formaram tal convicção e, muito menos, paa convencer a opinião pública. Admitir o processo seria um martírio; recusá-lo leva ao risco deestender ao Supremo o conceito hoje ostentado pelo TSE.

"O Supremo está à porta do seu momento mais difícil. Seus últimos presidentes quiseram assim, preferindo cuvar-se, omissos, aos desafios de Gilmar Mendes".

PS: Pode não dar em nada, mas pode ser que, afinal, a batata do coronel Gilmar esteja assando. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 15/06/2017
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