MINERVA ESTÁ EM PRANTOS.
A sociedade brasileira, já meio castigada pela crescente dificuldade de simplesmente conseguir sobreviver ao alarmante recrudescimento da violência urbana, ao sistemático trauma do mero ato de ir ou voltar para casa, de conseguir atendimento médico/hospitalar, de ser amassada nos trens do metrô, de ser sempre o alvo preferido das balas perdidas, de não ter sequer trabalho digno suficiente para milhares de seus membros, a sociedade brasileira, como dizia, dorme e acorda sobressaltada.
Antes, o homem que ia para a guerra tinha dúvida se regressaria, hoje, em tempo de disfarçada paz, todo o cidadão entrevistado diz, com franqueza,”saio de casa, mas não sei se voltarei”, inclusos aí: caminhoneiros, motoristas de qualquer categoria, seguranças, policiais, professores, motoqueiros, ciclistas, frentistas, mulheres, homossexuais, bancários, dependentes químicos, etc etc etc.
O nosso direito de ir e vir, envergonhado, esqueceu de dizer “presente”! Está inoperante e, cada vez mais, somos reféns de nós mesmos ao sermos obrigados a permanecer relativamente protegidos pelo gradeado que cerca nossas residências.
O tráfico de armas e drogas e a corrupção das altas autoridades políticas acabariam, só elas, com o destino do país, pois faturam (ou roubam) bilhões de dólares ao tesouro do Brasil, além da desgraçar famílias inteiras e o terrível exemplo que deixam às futuras gerações.
A corrupção atingiu patamares inimagináveis e está presente em toda a organização que tenha ligação com o governo.
As maiores empresas têm um trágico relacionamento com órgãos ou agentes governamentais envolvendo propinas milionárias e, cada uma delas, “financiando” centenas de políticos das diversas áreas do Executivo e de outros poderes da república.
Juízes são homens e, como tais, sujeitos às pressões impostas por amizade, parentesco, amor, interesses, paixões, ódio, necessidades, desejos e inclinações políticas.
Portanto, imparcialidade absoluta é um mito!
Haverá, sempre, um componente muito particular a nortear o comportamento de quem tem a obrigação de julgar, mas, como veneno que em pequenas doses não leva a sérias consequências, acaba não resultando em nada grave.
O que vimos agora no julgamento da chapa Dilma/Temer foi um espetáculo burlesco, uma tragicomédia de ópera bufa, uma enorme piada de mau gosto!
No recinto austero da mais alta corte do sistema eleitoral, formado por ilustres juízes, assistimos, de um lado, o ministro Herman Benjamim, relator do processo, de extrema ponderação, sem elevar o tom de voz ao ler seu voto e, do outro lado, o ministro Gilmar Mendes, presidente, assumindo, vergonhosamente, o papel de advogado de defesa, interrompendo sistematicamente, (fato inédito, suponho) a fala do seu colega, contradizendo-o, e, acredito, com indisfarçável intenção de quebrar o ritmo da exposição.
O resultado, já há muito tempo “adivinhado” por todos, aconteceu de fato e o placar de 4x3 coroou a iniqüidade, graças ao voto de Minerva do insigne ministro Gilmar Mendes.
Valeram-se os “vitoriosos” dos meandros da hermenêutica e apelaram para os preciosismos legais onde prevalece a validade das provas do “antes e do depois”, desprezando o principal que é “se verdadeiras ou não”.
Como não pode haver duas verdades, uma terá que prevalecer e a justiça, que pode tardar, mas não falha, vai surgir e esse bando de corruptos vai acabar mesmo na masmorra.
Tenho certeza que Minerva, a deusa da sabedoria, está chorando de vergonha!
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Imagem - internet
A sociedade brasileira, já meio castigada pela crescente dificuldade de simplesmente conseguir sobreviver ao alarmante recrudescimento da violência urbana, ao sistemático trauma do mero ato de ir ou voltar para casa, de conseguir atendimento médico/hospitalar, de ser amassada nos trens do metrô, de ser sempre o alvo preferido das balas perdidas, de não ter sequer trabalho digno suficiente para milhares de seus membros, a sociedade brasileira, como dizia, dorme e acorda sobressaltada.
Antes, o homem que ia para a guerra tinha dúvida se regressaria, hoje, em tempo de disfarçada paz, todo o cidadão entrevistado diz, com franqueza,”saio de casa, mas não sei se voltarei”, inclusos aí: caminhoneiros, motoristas de qualquer categoria, seguranças, policiais, professores, motoqueiros, ciclistas, frentistas, mulheres, homossexuais, bancários, dependentes químicos, etc etc etc.
O nosso direito de ir e vir, envergonhado, esqueceu de dizer “presente”! Está inoperante e, cada vez mais, somos reféns de nós mesmos ao sermos obrigados a permanecer relativamente protegidos pelo gradeado que cerca nossas residências.
O tráfico de armas e drogas e a corrupção das altas autoridades políticas acabariam, só elas, com o destino do país, pois faturam (ou roubam) bilhões de dólares ao tesouro do Brasil, além da desgraçar famílias inteiras e o terrível exemplo que deixam às futuras gerações.
A corrupção atingiu patamares inimagináveis e está presente em toda a organização que tenha ligação com o governo.
As maiores empresas têm um trágico relacionamento com órgãos ou agentes governamentais envolvendo propinas milionárias e, cada uma delas, “financiando” centenas de políticos das diversas áreas do Executivo e de outros poderes da república.
Juízes são homens e, como tais, sujeitos às pressões impostas por amizade, parentesco, amor, interesses, paixões, ódio, necessidades, desejos e inclinações políticas.
Portanto, imparcialidade absoluta é um mito!
Haverá, sempre, um componente muito particular a nortear o comportamento de quem tem a obrigação de julgar, mas, como veneno que em pequenas doses não leva a sérias consequências, acaba não resultando em nada grave.
O que vimos agora no julgamento da chapa Dilma/Temer foi um espetáculo burlesco, uma tragicomédia de ópera bufa, uma enorme piada de mau gosto!
No recinto austero da mais alta corte do sistema eleitoral, formado por ilustres juízes, assistimos, de um lado, o ministro Herman Benjamim, relator do processo, de extrema ponderação, sem elevar o tom de voz ao ler seu voto e, do outro lado, o ministro Gilmar Mendes, presidente, assumindo, vergonhosamente, o papel de advogado de defesa, interrompendo sistematicamente, (fato inédito, suponho) a fala do seu colega, contradizendo-o, e, acredito, com indisfarçável intenção de quebrar o ritmo da exposição.
O resultado, já há muito tempo “adivinhado” por todos, aconteceu de fato e o placar de 4x3 coroou a iniqüidade, graças ao voto de Minerva do insigne ministro Gilmar Mendes.
Valeram-se os “vitoriosos” dos meandros da hermenêutica e apelaram para os preciosismos legais onde prevalece a validade das provas do “antes e do depois”, desprezando o principal que é “se verdadeiras ou não”.
Como não pode haver duas verdades, uma terá que prevalecer e a justiça, que pode tardar, mas não falha, vai surgir e esse bando de corruptos vai acabar mesmo na masmorra.
Tenho certeza que Minerva, a deusa da sabedoria, está chorando de vergonha!
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