Esplendor de Uma Época
Para inaugurar a Estrada União e Indústria que ligaria Petrópolis à Juiz de Fora, seu idealizador, Mariano Procópio, construiu a Villa Ferreira Lage. Ali se hospedaria a Família Real para o evento.
Trata-se de um palacete à altura da nobreza que governava o Brasil. Era o esplendor do Segundo Império brasileiro. Enquanto uma classe, a elite branca, vivia de requinte, a maioria sobrevivia para sustentar uma maneira de ser que vinha da Europa. Aquele palacete nesta área chamada de Villa mostra o luxo desta época até hoje. Luxo de uma aristocracia que seria herdado por uma oligarquia. A miséria sempre foi para o povo.
Ao ali estar para a segunda etapa do minicurso “O Museu Mariano Procópio para Historiadores” me veio à memória o seriado inglês Downtown Abbey. Enquanto o palácio Downtown segue o estilo e o luxo britânico, a Villa juiz-forana segue a realidade própria. Isto se deve ao fato de “o prédio (ser) representante típico do estilo imponente que marcou as principais obras” arquitetônicas da segunda metade do Século XIX.
O primeiro andar é constituído por salas imponentes. Destacou-se para mim a sala de música onde há um piano de cauda. Nota-se que o ambiente foi todo preparado para uma boa acústica. Todas as salas são ricamente decoradas com ricos detalhes que vão dos lustres ao papel de parede.
No andar de cima ficam os quartos. Sobressai o dedicado a D. Pedro II e à Isabel. Aí também há o armário das águas. Um armário que abre suas portas para mostrar o vaso sanitário e o bidê para a higiene após as necessidades fisiológicas dos usuários dos quartos.
O palacete está mais uma vez sendo restaurado. Os papéis de parede descascados para tanto denunciam a superposição de outras vezes em que isto foi feito. Antes de ter recebido o primeiro, a parede para ser recoberta mostra que foi revestida por jornais que ainda denunciam datas e notícias da era 1860.
Abaixo do nível do primeiro andar há a cozinha com seu velho fogão onde era preparada a alimentação da família para ser servida na sala de jantar no andar de cima. Percebe-se o ar que entra por ventanas que denunciam o subsolo da residência. A casa é abastecida por água captada da chuva em cisternas.
Foi criado posteriormente um anexo para abrigar e conservar coleções de arte e documentos históricos. Há biblioteca, acervo fotográfico, mobiliário, pinacoteca e indumentárias.
Livros, pinturas, fotografias, documentos escritos são destinados às pesquisas históricas por especialistas em resgatar a produção humana destes períodos ali documentados.
Há ainda um enorme salão com a exposição Esplendor das Formas. Trata-se de inúmeras estátuas de tamanhos variados.
O museu ainda é rodeado por agradável jardim botânico com plantas tropicais e parques. Serve à comunidade juiz-forana para inúmeras atividades ao ar livre.
A maior lição da História é o velho jargão: “quem desconhece o seu passado está condenado a repeti-lo.” O esplendor de algum segmento social significa as misérias do restante da sociedade.
Para inaugurar a Estrada União e Indústria que ligaria Petrópolis à Juiz de Fora, seu idealizador, Mariano Procópio, construiu a Villa Ferreira Lage. Ali se hospedaria a Família Real para o evento.
Trata-se de um palacete à altura da nobreza que governava o Brasil. Era o esplendor do Segundo Império brasileiro. Enquanto uma classe, a elite branca, vivia de requinte, a maioria sobrevivia para sustentar uma maneira de ser que vinha da Europa. Aquele palacete nesta área chamada de Villa mostra o luxo desta época até hoje. Luxo de uma aristocracia que seria herdado por uma oligarquia. A miséria sempre foi para o povo.
Ao ali estar para a segunda etapa do minicurso “O Museu Mariano Procópio para Historiadores” me veio à memória o seriado inglês Downtown Abbey. Enquanto o palácio Downtown segue o estilo e o luxo britânico, a Villa juiz-forana segue a realidade própria. Isto se deve ao fato de “o prédio (ser) representante típico do estilo imponente que marcou as principais obras” arquitetônicas da segunda metade do Século XIX.
O primeiro andar é constituído por salas imponentes. Destacou-se para mim a sala de música onde há um piano de cauda. Nota-se que o ambiente foi todo preparado para uma boa acústica. Todas as salas são ricamente decoradas com ricos detalhes que vão dos lustres ao papel de parede.
No andar de cima ficam os quartos. Sobressai o dedicado a D. Pedro II e à Isabel. Aí também há o armário das águas. Um armário que abre suas portas para mostrar o vaso sanitário e o bidê para a higiene após as necessidades fisiológicas dos usuários dos quartos.
O palacete está mais uma vez sendo restaurado. Os papéis de parede descascados para tanto denunciam a superposição de outras vezes em que isto foi feito. Antes de ter recebido o primeiro, a parede para ser recoberta mostra que foi revestida por jornais que ainda denunciam datas e notícias da era 1860.
Abaixo do nível do primeiro andar há a cozinha com seu velho fogão onde era preparada a alimentação da família para ser servida na sala de jantar no andar de cima. Percebe-se o ar que entra por ventanas que denunciam o subsolo da residência. A casa é abastecida por água captada da chuva em cisternas.
Foi criado posteriormente um anexo para abrigar e conservar coleções de arte e documentos históricos. Há biblioteca, acervo fotográfico, mobiliário, pinacoteca e indumentárias.
Livros, pinturas, fotografias, documentos escritos são destinados às pesquisas históricas por especialistas em resgatar a produção humana destes períodos ali documentados.
Há ainda um enorme salão com a exposição Esplendor das Formas. Trata-se de inúmeras estátuas de tamanhos variados.
O museu ainda é rodeado por agradável jardim botânico com plantas tropicais e parques. Serve à comunidade juiz-forana para inúmeras atividades ao ar livre.
A maior lição da História é o velho jargão: “quem desconhece o seu passado está condenado a repeti-lo.” O esplendor de algum segmento social significa as misérias do restante da sociedade.
Leonardo Lisbôa
Barbacena, 08/06/2017
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