Nos Rastros do Tempo

"Tempo é dinheiro", diz o ditado.

As pessoas agora se alimentam em fast-foods, freqüentam self-services e quanto mais rápido as coisas acontecerem, melhor será, porque a demora incomoda.

O mundo rodopia em um turbilhão vertiginoso onde quase não há mais tempo para o ser humano ser, simplesmente... humano.

A maioria das pessoas parece não se importar com o problema do próximo, afinal "o problema é dele!"

A sensibilidade, a compaixão e o amor andam escassos. A tolerância para com o próximo, quase nula. O respeito, desvalorizado. Muitos sequer respeitam a si mesmos, quanto mais aos outros. A vida parece ser impiedosa, cruel, opressora, sufocante, a batalha do dia-a-dia, estressante.

Se a pressa é inimiga da perfeição e como ninguém é perfeito, concluímos então que a pressa não nos levará a lugar algum (embora às vezes leve alguns à mesa de cirurgia, interne outros com crises de stress e ainda dê a outros o descanso (?) eterno).

Mudemos então de cenário, vamos falar a seu respeito. Sim, vamos falar de você! Respire fundo, relaxe, acalme seu coração e vamos iniciar uma boa conversa agora, sem pressa, afinal, temos todo o tempo do mundo...ou não?!

Quando você foi gerado, no ventre de sua mãe, o tempo se incumbiu da sua formação, nos mínimos detalhes.

Por mais que uma mulher fique ansiosa ao saber que está grávida, ela jamais poderá apressar o processo de desenvolvimento do feto, que de forma natural, transcorrerá em 09 meses.

Durante esse período, o sonho e a alegria de gerar uma nova vida superam as expectativas. Preparar o enxoval, cuidar-se, fazer um pré-natal, receber todo o apoio, amor e carinho dos familiares são fatos que ajudam o tempo a passar. Quando se vê, a tão esperada hora chegou e o feto transformou-se em um bebê que precisará agora de um novo período de tempo para crescer.

Como você pode perceber, nossa vida envolve vários ciclos de tempo, desde o momento de nossa concepção. O tempo não pára, mas nós precisamos parar de vez em quando, para analisarmos como estamos vivendo e de que forma estamos aproveitando ou não o tempo que temos, porque ele é limitado.

Ninguém vive para sempre.