De se desaNeymar...?
Nunca houve uma mulher como Gilda, o drama hollywoodiano de 1946, estourava nas bilheterias mundo afora. E a personagem central, nada menos que Rita Hayworth, de beleza estonteante, e híper-geniosa, tornou-se superstar, da noite pro dia.
Nos palcos futebolísticos do Rio, na era pre-Maracanã, que só viria a ser inaugurado em 1948, a figura central era Heleno de Freitas, a mais cintilante e polêmica estrela botafoguense antes de surgir o ingênuo gênio das pernas tortas, Manuel dos Santos, Garrincha.
E Heleno com sua índole irasciva, sua cultura impressionante para os padrões futebolísticos da época e a estampa cinematográfica de um Apolo, sem apelo, duma hora para outra, virou Gilda. Graças e desgraças da torcida do Fluminense.
E ao responder à provocação, o belo Heleno só fez consolidar e cristalizar a gozação. Já a passos céleres rumo à loucura, que iria determinar sua internação no manicômio da Barbacena, MG, e culminar com sua angustiada morte aos 39 anos de idade.
Sua trajetória, nada obstante, daria voltas e reviravoltas numa fuga em crescendo, com passagens pelo Santos pre-Pelé, pela Argentina e a Liga Pirata, da Colômbia. Entre tórridos e fugazes amores e rumores houve até notícia de um breve envolvimento seu com Evita Perón, a primeira-dama do caudilho argentino Juan Domingo.
E mesmo sendo tricolor, não é que deu vontade de vê-lo em campo hoje pela matina no jogo amistoso contra a Argentina na Austrália?