DOCE ILUSÃO

          Quando não temos a capacidade de nos salientar em alguma forma de arte e ainda não costumamos admirar os que as tem é porque nossos valores estão desviados de uma forma de vida correta, de bom alvitre, de espírito elevado, corre-se o risco ainda de manifestar de forma, sem que ao menos saibamos, dizer frases que manifestem um sentimento de inveja. Sendo este um dos sete pecados capitais, deixamos de acrescentar cultura em nossas vidas, para ter atitudes mesquinhas, passando uma vida inteira em um verdadeiro descaminho, tal qual alguém que ao estar viajando toma a estrada errada e depois de muito tempo decorrido vê que todo o seu tempo foi gasto em vão e que não chegará a um destino que lhe seria o ideal e proveitoso.
          A vida é assim, o livre arbítrio nos é dado por Deus. Cabe a nós escolhermos o certo. Digo que escolher o certo não significa o mais fácil, o mais cômodo e o menos sofrido. Escrevi certa vez que na vitória em que nada nos custou certamente não haverá a ventura da glória. Por menor que seja um fato vencido com dignidade, não baixando ao nível de sentimentos tacanhos, este representará em muito em elevação de seu espírito, o dotando ainda mais para novos desafios.
          Quando alguém lhe diz que aquilo que buscamos é uma “Doce Ilusão”, não sabe que está equivocado em sua fala, pois não é a conquista desta que nos engrandece e sim o ímpeto da busca.
          Não ter medo da derrota é para os espíritos elevados e só os covardes é que tem medo da luta e se deleitam na mediocridade de suas vidas e desistem de lutar, por medo de se verem fracassados nunca experimentarão o doce sabor do galardão de uma vitória.
Valter Jorge Schaffel
Enviado por Valter Jorge Schaffel em 11/08/2007
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