TELAS FLUTUANTES

Por mais vivo que esteja dentro de mim o dia de ontem, ele já se foi.

Ele não mais existe?

Fico triste?

Por que me entristeceria?

Ele existiu.

Os momentos que tivemos não morreram.

Adormeceram?

Estão no eterno. De alguma forma estão lá. Como telas flutuantes eles existem... os momentos.

E eu, se pudesse, gostaria de recuperá-los?

Para quê? Se a vida é cíclica e estou vivendo outros momentos.

Somos assim. Seres se locomovendo neste espaço-tempo, ou tempo-espaço. Ou sabe-se lá o quê seria este “viver”.

Voltando a falar sobre “ontem”. Será que vivemos bem o ontem?

A resposta está no agora.

Por que plantamos e colhemos, a vida é ação e reação.

Não acredito que um Ser possa estar nos castigando. Acredito que a partir do livre arbítrio vamos seguindo nosso caminho e muitas vezes trocamos pés por mãos. Muitas vezes nós erramos, nós nos equivocamos.

Isto é compreensível. Não somos seres perfeitos, mas seres buscando aperfeiçoar-se.

E a vida segue: passado, presente, futuro.

Há quem diga: meu destino é duro.

Não acredito que alguém tenha nascido para sofrer. Nascemos para aprender, para crescer.

Se tudo vai ficando no passado de que ainda viver? Se tudo é passageiro? Há quem me pergunte.

E eu respondo:

No meu modo de ver tudo que fomos está registrado. Tudo que vivemos está registrado. Não vivemos do passado, mas pelos caminhos da vida, através do tempo, vamos aprendendo. E as lembranças, boas ou más, nos pertencem.

Nós sabemos bem o que fazer delas. Nós sabemos. Ainda quando dizemos que não.

Na longa estrada da vida, vamos seguindo. Vamos aprendendo que é necessário mais amor, muito mais amor no coração.

SONIA DELSIN
Enviado por SONIA DELSIN em 06/06/2017
Código do texto: T6019854
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.