Rodrigo Caio - Beau Geste

Num momento de tanta ansiedade, vergonha e desalento nada como a gente relembrar belos gestos de dignidade, honra, caráter. Esse tipo de prova de honradez ilumina o povo e encandeia os subversores da honra.

Acho que os mais adentrados no s anos lembram-se de um filme antigo, "Beau Geste", com Gary Cooper, Ray Miland e Robert Preston. Ele contava a história de três irmãos que por vergonha, devido a um caso familiar, para se punir, resolverm se alistar na Legiao Estrangeira. Lá foram perseguidos por um sargento truculento e cruel, até que não aguentando mais resolveram se amotinar. Mas eis que sobreveio um ataque dos Tuaregues ao forte e eles riveram que resistir. Para eles a honra estava acima de tudo. Preferiram o belo gesto. Um grande e edificante filme. É um filme que exalta a honra.

Sempre recordo desse filme quando tomoconhecimento de um belo gesto no campo da honra. Foi o que aconteceu recentemente num jogo de futebol entre o São Paulo e o Corinthians. Numa jogada um zagueiro do São Paulo pisou o companheiro de time, o goleiro Renan. O juiz pensou que o autor da falta tinha sido o atacantecorinthiano Jô, marcou a falta e deu cartão amarelo ao atacante, com isso ele não poderia disputar apróxima patida. Mas aí o zagueiro Rodrigo Caio, or uma questão de honestdade e honra, se dirigiu ao juiz e confessou que quem tinha atingido o goleiro fora ele. O juiz então desconsiderou a falatae o cartão amarelo.

No entanto, parte da torcida, alguns companheiros de time e o técnico Rogério Ceni cnsuraram a honestidade do zagueiro. Num programa esportivo tipo mesa redonda Ceni foi questionado sobre sua reação negativa e ralmente confessou que tivera essa atitude. O problema é que as pessoas colocam a vitória, o ganho, a vantagem acima da honra. Esquecem que a honra é a poesia do dever, e que nada se perde quando não se perde a honra. O jogador não devia ser censurado, mas elogiado.

Seria bom que os nossos políticos e autoridades, inclusive os juristas, refletissem sobre esse beau geste do jogador Todrigo Caio. É desse tipo de lição que o Brasil precisa. Inté.