BADERNAS NO INTERIOR DOS ÔNIBUS COLETIVOS

BADERNAS DENTRO DOS ÔNIBUS COLETIVOS

Por: JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

Todo mundo têm direito à diversão? Sim é claro. Mas a premissa de onde o seu direito começa quando o do outro termina está longe de ser respeitada por grande parte de jovens e adolescentes que aproveitam uma viagem de ônibus, por exemplo, para ignorar a ordem pública, a paz e o silêncio dos outros.

Infelizmente, em Salvador ou em outras cidades do país como Rio de Janeiro também, quem precisa utilizar o transporte coletivo deve estar preparado para lidar com situações nada divertidas. Num final de semana ensolarado, a "festa" para

alguns, começa mesmo é a caminho da praia. Axé, pagode, funk, e a quebradeira que chega a ser literal já se instala no percurso. Exibir óculos escuros, virar o boné para trás e tirar a camisa, falar um monte de besteira fazem parte da preparação para iniciar a batucada.

Na falta de instrumentos musicais você pensa qua acabou por aí? Ledo engano. Aí vai a estrutura do ônibus mesmo. Assentos e lataria fazem o som que estressa a maior parte dos passageiros. Acrescente-se, ainda, gritarias e xingamentos. A baderna está formada. Mas o que há de ''legal" nisso?

Gente tenta se divertir após uma semana de trabalho duro reclama de tanta barulheira. Onde é que vamos parar com tanta algazarra? Meu Deus!

As pessoas não respeitam mais ninguém. A gente tem que sair de casa agora com tapadores nos ouvidos para não escutar tanta bobagem?, pagodão no fundo do ônibus? Isso é caso de polícia. Não tem cabimento um absurdo desses.

É uma tremenda falta de educação sem tamanho. Só isso explica essa barulheira. Sabemos que a música faz parte da vida do baiano, mas há quem confunda alegria com barulho gerando uma visão estereotipada da Bahia. Com a máxima de que aqui tem festa o ano inteiro incentiva pessoas sem educação espreciaalmente a doméstica, fazer essas farras, e os nossos ouvidos que se aguentem né? Esse pessoal se sente seguro e ainda acha que tem direito de incomodar. Isso é pobreza de espírito e falta de informação e de intelectualidade também.

O barulho, não se restringe somente às batucada nos ônibus. Já está em nível mais avançado. Agora, somos obrigados a ter que suportar o gosto musical das pessoas quando

elas ligam seus celulares no volume máximo durante a viagem. Atitude exibicionista. É gente que quer aparecer, mostrar que pagou caro pelo equipamento. Só pode ser.

Outro dia em novembro do ano passado, fui de ônibus fazer uma manutenção de um nobreak numa certa clínica na Pituba quando presenciei e gostei muito que um grupo de 18 adolescentes foi apreendido pela polícia, na Avenida Magalhães Neto. Segundo as testemunhas já no limite do estresse e desconforto, eles estavam incomodando os passageiros e fazendo muito barulho. Durante a baderna, um dos vidros do ônibus chegou a ser quebrado e eles foram acusados pela polícia de roubar celulares dos passageiros e repassá-los para outros dois jovens que seguiam o ônibus em uma moto. Após a liberação dos passageiros, os adolescentes foram levados para a Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente, nos Galés.

Na realidade esses "bandidinhos" cães sem dono, deveriam descer direto para o presídio para passarem uma boa temporada por lá e suas caras exibidas em todos os jornais e quem os pariu, busca-los se é que possuem mesmo e elas levarem um bom sabão para aprenderem a não deixarem seus cramulhões perturbando a paz dos outros.

A recomendação aos motoristas de ônibus é de que, em casos como esses, acionem a polícia para restabelecer a ordem.

A minha idéia é simples; Na hora em que estiver acontecendo baticum, gritos, bambaquerê e outras bagunças no interior do coletivo de preferência na parte do fundo, é só o motorista ficar atento a alguma viatura vindo em sentido contrário, e transformar o farol de luz alta e reduzir a velocidade um pouco.

Pronto pode contar que a viatura vai retornar e certamente virá atrás do ônibus e eles os baderneiros vão ter uma belíssima surpresa.

Como que já não bastassem as tarifas caras, os assaltantes, os ambulantes e pedintes, temos que curtir essas pragas também?

Amigos, podem deixar seus comentários se possível

Obrigado.

JOSÉ JOAQUIM SANTOS SILVA

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José Joaquim Santos Silva
Enviado por José Joaquim Santos Silva em 25/05/2017
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