ONDE ESTÃO OS ORELHÕES?
É simplesmente impressionante como os orelhões se escafederam das ruas e avenidas de todas as cidades. Apesar do acordo por lei que a Telefônica tem de implantar e, concomitantemente, conservar os orelhões, estes aparelhos estão cada vez mais escassos em todos os lugares, tanto no centro como na periferia de qualquer cidade brasileira. O que é pior nesta situação periclitante é que, infelizmente, devido às depredações dos meliantes irresponsáveis, os poucos orelhões que ainda restam só servem para ludibriar a população que, amiúde, precisa se comunicar urgente e se depara com estes aparelhos públicos quebrados, destroçados. Portanto, se arrumar a telefônica não faz mais, implantar novos aparelhos, muito menos ainda.
É verdade que, com o advento do celular e a sua aquisição em massa repentina, as pessoas já não sentem mais tanta necessidade de usar os “famosos” orelhões de tanta utilidade num passado recente. Porém, a existência destes aparelhos públicos deveria perdurar, afinal não é todo o mundo que possui o famoso aparelho móvel para se comunicar na hora em que bem precisa. São as exceções, mas estão por aí nas ruas e avenidas das cidades precisando fazer uma ligação urgente e não conseguem, lamentavelmente. Pedir um celular emprestado para tal, nem pensar. É tão ilógico quanto pedir para dar uma tragada num cigarro que outra pessoa esteja fumando. Seria ridículo agir assim, principalmente, quando não se encontra num ambiente totalmente desconhecido.
Particularmente, só sinto muito a carência dos orelhões no meu cotidiano quando ando pelas ruas do bairro onde moro e dificilmente encontro algum em bom estado ou não, afinal, costumo utilizá-los não para fazer alguma ligação e algumas vezes até faço, mas para deixar alguma revista semanal que eu já li. A minha intenção é para que outra pessoa, talvez leitora assídua como eu, pegue-a e leia também, informando-se das falcatruas, propinas, prisões e habeas-corpus destes políticos sem escrúpulos do nosso país que parece não se importar de continuar dormindo “eternamente em berço esplêndido”.