O garfo, a colher, o meio e o fim
Os italianos de Veneza, nos meados do século XI, pelas nobres mãos da Princesa Teodora, trouxeram de Constantinopla um garfo de ouro, de dois dentes, para espetar comida. Daí, esse talher atraiu, numa longa história, à mesa outros talheres; invadiram Milano, Firenze e o resto da Europa; e Portugal, através da Coroa, trouxe garfo de prata, já com quatro dentes, ao Brasil dos nativos; onde e quando somente usados por ricos senhores e autoridades da Monarquia. O costume se espalhou, descendo à senzala; e, nos dias hoje, também às palhoças indígenas.
O garfo se define como utensílio para espetar a comida e levá-la à boca; no entanto, há quem o utilize até para cometer crime. Mas não é essa sua finalidade, como também substituir a colher para nos servir sopa; tampouco se espeta carne com uma colher. A cada talher seu adequado uso. Também na organização social, a cada um de nós, conforme nossa vocação, formação, habilidade, capacidade e competência, cabe uma adequada função na distribuição do trabalho.
Por analogia, poderia-se comparar o garfo ao meio; e a comida, ao fim. O meio serve ao fim, e não o inverso: O fim ao meio. O fim causa, motiva e nos move à ação; o meio é instrumento, apoio, e às vezes dispensável. De modo que come-se sem o garfo, mas não se come sem a comida... Na sociedade e em muitas instituições, há quem, exercendo a atividade meio, em vez de ser apoio, faz obstáculo à atividade fim, impulsionado pela vaidade e pela exibição de poder. O que seria, na hora de espetar, a colher querendo ser garfo. Isso se espelha no ganancioso do dinheiro que vai ser "político", dizendo-se nosso representante, para agir como businessman nos negócios de ocasião; e em vez de mulher ou homem público, tudo supera para, de qualquer forma, acumular moedas, propinas e "vantagens" para si, como se fosse um insaciável banqueiro. Usemos bem os talheres: Para o garfo ser garfo; a colher, colher; ou cada um exercer, com autenticidade, dedicação e honestidade, a sua função...
Os italianos de Veneza, nos meados do século XI, pelas nobres mãos da Princesa Teodora, trouxeram de Constantinopla um garfo de ouro, de dois dentes, para espetar comida. Daí, esse talher atraiu, numa longa história, à mesa outros talheres; invadiram Milano, Firenze e o resto da Europa; e Portugal, através da Coroa, trouxe garfo de prata, já com quatro dentes, ao Brasil dos nativos; onde e quando somente usados por ricos senhores e autoridades da Monarquia. O costume se espalhou, descendo à senzala; e, nos dias hoje, também às palhoças indígenas.
O garfo se define como utensílio para espetar a comida e levá-la à boca; no entanto, há quem o utilize até para cometer crime. Mas não é essa sua finalidade, como também substituir a colher para nos servir sopa; tampouco se espeta carne com uma colher. A cada talher seu adequado uso. Também na organização social, a cada um de nós, conforme nossa vocação, formação, habilidade, capacidade e competência, cabe uma adequada função na distribuição do trabalho.
Por analogia, poderia-se comparar o garfo ao meio; e a comida, ao fim. O meio serve ao fim, e não o inverso: O fim ao meio. O fim causa, motiva e nos move à ação; o meio é instrumento, apoio, e às vezes dispensável. De modo que come-se sem o garfo, mas não se come sem a comida... Na sociedade e em muitas instituições, há quem, exercendo a atividade meio, em vez de ser apoio, faz obstáculo à atividade fim, impulsionado pela vaidade e pela exibição de poder. O que seria, na hora de espetar, a colher querendo ser garfo. Isso se espelha no ganancioso do dinheiro que vai ser "político", dizendo-se nosso representante, para agir como businessman nos negócios de ocasião; e em vez de mulher ou homem público, tudo supera para, de qualquer forma, acumular moedas, propinas e "vantagens" para si, como se fosse um insaciável banqueiro. Usemos bem os talheres: Para o garfo ser garfo; a colher, colher; ou cada um exercer, com autenticidade, dedicação e honestidade, a sua função...