O estado brasileiro é tão Orwelliano quanto as políticas de austeridade adotadas pelo FMI
Devido ao retorno do sucesso de vendas do Best seller de Orwell, o livro1984, com um aumento de mais de 20 % nas vendas no Reino Unido, seria possível, caso existisse uma intelectualidade crítica no Brasil, que o mesmo sucesso acontecesse neste país.
Argumenta-se a favor desse prognóstico que a Crise política continua, devido a gravações inaudíveis, a retóricas carnavalescas e referentes ao “estabilishment”. Nenhum gravador potente nem o Hubble vai ampliar a objetiva da consciência dos vampiros. Os vampiros tem planos B, C, D e em ultimo caso um mero golpe de estado, instituído por quaisquer republiquetas de bananas.
Na crise imposta, o sistema bancário institui a política publica e o sistema social vai a bancarrota. As sucessivas crises ocidentais de 1929, 2008, 2014 no Brasil nunca desmontaram ao menos um paraíso fiscal, não trouxeram mais transparência as instituições e reafirmaram o Colapso como estratégia de governo.
Mais controle governamental já está sendo ventilado por presidenciáveis na próxima eleição de 2018, mais repressão aos crimes comuns, mais impostos religiosamente pagos e debitados direto em conta, remunerações seqüestradas e parceladas ad eternum por governadores corruptos e enfim a tão desejada, pela elite financeira, dilapidação da previdência social a favor dos maiores conglomerados financeiros.
Nessa perspectiva, um presidente da Republica envolvido em escândalos de ordem colossal e tramas corruptas torna-se mero detalhe, além de meia dúzia de Procuradores e Juizes que trabalham duro para punir os Intocáveis, enquanto o restante do Judiciario dorme em berço esplendido. Penso que o Brasil, na medida que faz essa faxina necessária necessita decidir qual país pretende ser. E isto, não depende somente de muita transparência institucional e punições duras para a corrupção, mas passa pelo crivo do julgamento de valores éticos que precisam ser adquiridos pelas relações sociais, e que essa mudança não dependa somente de um ajuste ingênuo de uma crise de governança, ou seja, de um acordo entre cavalheiros que tentam a todo custo manter seus títulos, heranças e abismos de desigualdade social.