Sou bruta, sou rústica!

Não nasci pra ser diamante. Sou pedra comum. Dessas que tem por aí, aos montes. Não adianta eu tentar. Uma pedra comum não é diamante, nem ouro, nem nada dessas pedras preciosas que um dia vão ser esculpidas ou valorizadas.

Não é triste ser pedra comum. É legal até. A gente acostuma com o que é. E passa a aceitar o valor que tem.

Não sou menos. Apenas sou o que sou.

As pessoas não olham pra mim e admiram. Não tem nada pra admirar. Beleza alguma incomum. Tudo bem, eu existo mesmo assim. E não vou deixar de existir do nada só por causa disso.

Quem sabe um dia eu fico rara, ou até, de repente alguém enxerga uma beleza ainda não descoberta.

Enquanto isso vou curtindo minha cor marrom; minha dureza e minha forma desajeitada! Encarando o sol com firmeza e não me arredando do lugar.

Apenas existindo... Mas de forma tão intensa que chega até ser com maestria, meu existir!