Sou aconselhador!
Sou aconselhador!
Acho que de nascença.
Sou veementemente, já declarei isto antes, contra o velho ditado que se conselho fosse bom seria vendido.
Conselho é bom. Deve ser dado e pode ser pedido em qualquer circunstância: uma dúvida, a inexperiência sobre uma questão, um negócio, a escolha de um presente, um vestido, o rompimento de um romance, o momento de vulnerabilidade existencial!
O conselho, necessariamente, não será seguido, quase sempre só corroborá uma decisão já tomada.
Para quem pede é bom faze-lo antes de praticar a ação sobre o que se está aconselhando, para depois, se arrepender não precisar dizer: “ah! Se eu tivesse te ouvido!”.
Na prática da profissão aconselho muito. Alias costumo dizer que sou psicólogo ao avesso: dou conselhos, proíbo, oriento, mando, entre outras coisas que o imaginário diz não ser característica da psicologia.
Publicamente, que me lembro, já aconselhei estudantes de psicologia, de administração, de contabilidade, profissionais do judiciário, da saúde.
Há muito estou esperando o pedido de conselho por parte de políticos e de gestores públicos. Passei a ansiar mais por isto desde a cena que deflagrou o mensalão. O homem do correio filmado contando um tanto de reais...
Conselho é bom... mas deve ser pedido!
Nunca me pediram.
Os acontecimentos desta semana ultrapassaram a minha paciência. Vou infligir uma regra pessoal. Vou aconselhar sem ser solicitado.
Político, gestor público, agente social, se você quer exercitar a sua vida pública como bandido, ladrão, corruptor, antes de entrar para este mundo, dedique um tempo da sua vida, não perca tempo com a constituição, veja os filmes americanos de conspiração, de mafiosos. A Netiflex está com umas séries espetaculares.
Acho que você aprenderá a não ser flagrado com as cuecas nas mãos!
João dos Santos Leite