Fibromialgia é uma doença dolorosa, infelizmente muitas pessoas ainda sofrem calada, há muito preconceito e isto precisa mudar. O paciente acaba se cansando de ouvir que é psicológico, que não é possível alguém ter tantas doenças ou que deve ser forte e lutar contra os sintomas.
Foi meu primeiro diagnóstico, porque tive sorte de ter uma endocrinologista com a doença, na época minhas colegas falavam que eu parecia a Maria das dores, riam e faziam piadas, então eu parei de reclamar. Essa médica me explicou muita coisa, mas eu era muito jovem e as crises não eram constantes, não dei muita importância. Quando piorava ia ao algum médico, receitavam analgésicos, anti-inflamatórios e eu ia levando.
Nunca procurei um reumatologista, no máximo ortopedista e nem falava nada sobre estar sempre sentindo algum tipo de dor, não conhecia ninguém com o mesmo problema e sentia vergonha.
Meu Deus! Eu sentia vergonha por estar doente, me culpava por sentir dor nas pernas, nos ombros, na cabeça, mas naqueles tempos era assim. Geração saúde, com direito a muito ''bullying''.
Hoje há campanhas, a internet trouxe maior integração e a comunicação é mais fácil e rápida. Mesmo assim ainda há muito a fazer um longo caminho a percorrer até que todos saibam que Fibromialgia é uma doença, e que precisa ser tratada.
É tempo de acolher com carinho e atenção os fibromiálgicos , a dor é igual em todas as enfermidades, incomoda e interfere na qualidade de vida. Os pacientes com fibromialgia assim como todos os demais, merecem tratamento e medicamentos adequados, reabilitação e acompanhamento.
No mês de Maio comemoramos o Dia Internacional da fibromialgia com campanhas, palestras, simpósios gratuitos em várias cidades do mundo. Fibromialgia não é exclusividade das mulheres, há homens e até crianças com a doença, que ainda não tem cura, mas que pode ser controlada.