O RIO

A ensolarada tarde de domingo era um sopro de reflexão. Eu olhava um rio a seguir serenamente o seu curso e aminha alma sentia se em casa...

A mãe natureza falava, e eu, a ouvia. Naquele momento, pude compreender que o amor e as águas têm almas gêmeas. São irmãos de existência.

Corretativos… cada um nasce puro,cristalino e frágil. Uma pequena fonte de vida, pulsando na possibilidade de se agigantar.

Vai crescendo… crescendo...

Revigorando… logo adiante se torna um grande e imponente rio. Predestinado a majestosa liberdade das águas que se adaptam, trilham e persistem. Atingem força e extensão de mar...

Contudo, nada é autossuficiente, é preciso cuidar...proteger, nutrir, e principalmente não poluir, ou o caminho inverso começará a ser trilhado...e o que parece mar, regredira a uma frigidíssima fonte tentando vencer obstáculos e sobreviver aos maus tratos do meio...

Depois disso,se vai continuar vivo ou secar para sempre, dependerá de onde essa fonte nasceu, assim como dos cuidados recebidos ou não, para se agigantar novamente.

Não importa se o sentimento é uma frágil fonte,um imponente rio, ou o grandioso mar... com o tempo, se não zelarmos por ele,cedo ou tarde ele irá secar!