O Anjo Resiliente

Antes de começar preciso contextualizar, prometo não ser prolixo, tentarei.

Imagina você, o que seria uma foto entre tantas outras na galeria do seu celular? Se essa foto não fosse sua? A algum tempo atrás eu diria que não tem valor. Mas, a foto era dela. Sim, aquela mesma pessoa que me modificou.

A foto dela para mim não é apenas um ícone ou um troféu. Ela é um ser humano, que ri, fica triste, chora, me manda mensagem quando está com calor, ou quando está com frio. No calor, eu peço para Deus mandar uma brisa, no frio, eu peço que um anjo lhe agasalhe.

As vezes eu queria ser um anjo da guarda para poder resolver seus problemas. Abrir os olhos de alguém para que perceba que ela é maravilhosa e que nunca deveria tê-la machucado.

Mas quem sou eu para isso, metido a escritor. Não gosto de usar essa palavra, não queria sujar o nome de gênios como Gabriel Garcia Marques e Machado de Assis. Porém, foi pra ela minha primeira crônica, meu poema e foi com ela a primeira pessoa que eu sonhei e até hoje não esqueci o sonho. Deve ser porque nem na abstração da minha mente ela ficou comigo.

Em partes eu aceito, pois não tenho esse merecimento, muito menos suportaria a possibilidade de um dia lhe machucar.

Mas como aviso a quem conseguir conquista-la eu digo: Ela quer amar e se sentir amada. Quer sentir aquele frio na barriga antes de encontrar a sua pessoa especial, sentir-se protegida e segura, quer aquele telefonema no fim da noite para você escutar: Suas raivas, queixas e acontecimentos importantes do dia. Você só ligou para ouvir a voz dela.

No final ela vai dizer: “eu te amo”

-Você: “também te amo”

Não esqueça de dizer que ela é linda, para não se preocupar com a dieta (aquela que nunca será concluída), que o seu cabelo é lindo, seu sorriso também. Lembre que vai apoia-la, e claro, nunca ouse machuca-la.

Veja como ela me modificou, olha quanto sentimentalismo.

Mas por que deixo tudo isso escrito? Porque não consigo dizer de outra forma. Acho que falo pelo fato de neste momento só está eu, quatro paredes, uma caneta, um papel e a foto dela na minha galeria de abril do celular.

Ela é muito mais que as palavras de um escritor. É muito mais do que a caneta pode registrar. Só posso dizer, ela me modificou.