CTU: a marca

Para os ex-presidentes Lula e Dilma, pelo que fizeram pela educação no Brasil

Quem caminha pela Bernardo Mascarenhas e observa o público estudantil da região depara-se com uma mudança no visual escolar. Ao lado das tradicionais camisas com a logomarca da UFJF e a indicação dos cursos técnicos, alguns alunos já exibem uniforme com a marca do Instituto Federal. As letras I e F são formadas por quadriláteros verdes superpostos, e o pingo do I é indicado com um círculo totalmente vermelho, como a traduzir uma longa escalada que se completa em cursos técnicos, superiores ou de pós-graduação.

Se o leitor ainda não sabia, ali, no bairro Fábrica, onde por mais de dez anos funcionou o CTU, hoje é a sede do campus Juiz de Fora do Instituto Federal do Sudeste Mineiro, uma instituição que mantém a histórica qualidade do CTU da UFJF, aliada à formação superior, cuja primeira iniciativa é o curso de Engenharia Mecatrônica, recém-implantado. Mais uma bela oportunidade para os vestibulandos!

Se o leitor alguma vez se admirou das confortáveis edificações do Colégio, não visíveis a quem passa pela Bernardo Mascarenhas, certamente, muito breve, verá, nessa rua, um prédio vistoso, cuja obra, em andamento, faz parte da ampliação do novo Instituto.

Quem, agora recentemente, pôde visitar o campus por ocasião da Semana do Técnico certamente observou sinais da transição que se opera. Ao lado de banners que anunciam o próximo exame vestibular, exibindo a nova logomarca, textos e materiais diversos estampam a longa história de vinculação à UFJF e a trajetória exitosa do antigo CTU, que, como se sabe, em razão de ter sido alocado em diversos espaços físicos, chegou a usar o canguru como seu emblema.

Depois de passar pela Avenida Rio Branco, pela Antônio Dias, pela Getúlio Vargas, pelo Colégio de Aplicação João XXIII, pela Espírito Santo e pelo campus da UFJF, o CTU se desvinculou fisicamente da universidade, estabelecendo-se na Rua Bernardo Mascarenhas, última escala do canguru, que, sentindo-se estável e fixo, sem mais necessidade de se deslocar, resolveu dar voos intelectuais mais ousados.

Oxalá sejamos todos bem-sucedidos! Oxalá o novo Instituto incorpore o de melhor do antigo CTU, essa marca que deixou marcas!...

* Texto originalmente publicado no Jornal JF HOJE, em 6 de novembro de 2009.