ATIRADORES E PENSADORES DE ELITE, PRECISAMOS COM URGÊNCIA!

"Nesta cidade a maioria dos moradores possui armas e muitos são atiradores de elite. Avisamos aos forasteiros mal intencionados que, ao primeiro apito, se ajoelhem e coloquem as mãos na cabeça. Muitos outros apitos serão ouvidos e muitas armas estarão apontando para tua testa até a polícia chegar para te identificar. Se desobedeceres este aviso será dado o primeiro tiro de advertência. Se insistires em desobedecer teremos que avisar a polícia para virem com o rabecão. Aviso extensivo à quadrilhas: estamos preparados!. Ass: Vizinhos Armados Amigos da Polícia."

Mais ou menos nesses termos deveriam ser expostos cartazes nas rodoviárias e principais pontos de acesso às cidades.

Guerra é guerra e os cidadãos de bem, armados, treinados e orquestrados podem ser a primeira, emergencial e eficaz atitude de repressão à violência e ao crime. Armas de vários calibres e ao gosto do adquirente, não sendo este item obrigatório. O apito sim, distribuído a todos os moradores, incluindo jovens e adolescentes.

Treinamento militar feito pela Policia e com a colaboração do Exército, simulações de possíveis eventos e aplicações da cartilha. Tipo o que e feito com as Brigadas de Incêndio nos grande prédios. Capacitação, treinamento e reciclagens permanentes.

Guerra é guerra nestes tempos em que o mundo do crime aterroriza e o Estado mostra-se incapaz de contê-lo sozinho. Formemos pois uma parceria eficiente.

Naturalmente esta proposta não é tão simples assim, mas não ao todo estapafúrdia. Não irá acabar com o crime, mas contê-lo. E conter não é bom, a pressão acaba explodindo.

O correto e até o "sublime" é o trabalho de base sócio-político, com escola e educação para todos, com a erradicação definitiva da pobreza e possibilitando a todos fazerem parte da "máquina produtiva" do país. Os bandidos foram crianças um dia e em outro dia só encontraram as portas do crime abertas, provavelmente não tenham tido opções. O Crime adiantou-se ao Estado. A solução é preparar as futuras gerações de maneira igualitária, com oportunidades para todos. E isso não se fará dividindo por castas, por sexo, por raças, etnias ou preferências políticas. Chega de coxinhas e mortadelas, chega de esquerda, direita ou salto alto e estrelismo. Sejamos humildes e modestos; a presunção, a arrogância, a esperteza, a corrupção, a mesquinhez, a ganância, o poder pelo poder, a ambição, não levam à nada.

O guri de agora, de 4 ou 5 anos, daqui a 10 anos estará com 15, na escola ou no crime. A escolha não é só dele. É nossa e do meio onde ele vive. Este meio tem que ser modificado e a nossa escolha mais qualificada. Com mais 10 anos este agora jovem deverá estar em qual situação? Sendo exemplo para os filhos, sendo a decepção ou o orgulho de uma família ou mais um número nas estatísticas de nossas cadeias ou cemitérios?

É uma guerra, e como guerra temos que ter estratégias. Nossos políticos mostram que não estão preparados. Nossos filósofos e pensadores, que poderiam sugerir um caminho emergencial, morreram, estão velhos, estão a encher os pulmões com fumaça, estão a proferir palestras e conferências com sofismas e neologismos que insuflam a própria vaidade, estão a soltar fogos de artifício e a sapatear de salto alto no palco da personalidade. Nosso universitários a preencher os vazios com a esquerda oca e aos bolsos dos donos e atravessadores da indústria do ensino com o dinheiro do esquema articulado pelo alto clero, não da mesma esquerda mas da sua "supremacia". Tudo muito injusto.

Quisera que tivesse um tratamento de choque, uma Intervenção do Bem, à maneira de 64. Mas nossos soldados não tem mais o brilho do sentimento pátrio e a coragem dos generais de outrora. Nem o preparo.

Por um momento lastimo, mas no momento seguinte começo a pensar. Tem que haver uma saída!....

Armand de Saint Igarapery - Ensaios no Face e no Recanto das Letras