SEM CONTAR VITÓRIAS
Houve um tempo que com cinco minutos conseguia escrever um texto razoavelmente bom. Depois nem o “bom” e tão pouco o “razoável”, soavam a altura das minhas expectativas. Passei a escrever melhor, bem melhor, achava eu...até que desisti de achar. Passei quase um ano sem escrever. Não sabia o que esperar de mim neste tempo. Com a morte do meu ídolo adolescente, senti meu corpo beliscado nos ossos e rasgado entre as veias. Um sinal que o tempo e a hora seria a que mostra o relógio. A verdade é que estamos no fim do enrolo; ou damos voz aos nossos sonhos ou capotamos com eles para o precipício do nada versus nada.
E quer saber?! Escrever é melhor que sonhar. Escrevendo, podemos viver mil vidas, contar sobre o choque de mil mortes, e continuar sobrevivendo a todas as tragédias idiotas que o mundo possa oferecer. As pessoas famosas que se foram, se ainda não fazem parte das palavras cruzadas, mais dia, menos dia, farão. Já você, meu amigo, poderá coçar o umbigo enquanto insatisfeito ou pular para o dia, tomar um chá verde, fugir das lanchonetes, percorrer avenidas já que não lhe servem academias; e verá que em pouco tempo toda sorte da criação renascerá.