ODE ÀS MÃES
Prof. Antônio de Oliveira
antonioliveira2011@live.com
Preceitua o mandamento: Ama ao teu Deus e ao teu próximo. Honra teu pai e tua mãe, razão de bom sucesso na terra, e terás vida longa. Quanto à boa mãe, como também quanto ao bom pai, ao bom político, ao bom jogador de futebol, ao bom profissional, todos acabam por tomar consciência de que já terão cumprido sua missão aqui na terra. Para tudo e para todos existe a hora certa. Ocorre-me a imagem da galinha que, em certa altura, não mais recolhe e reúne seus pintainhos debaixo de suas asas, mesmo sendo galinha que cisca olhando para baixo. O ideal materno se volta mais para o alto. Contemplando o voo da águia, aos filhos a boa mãe deu, dá ou dará asas para voar.
Mãe não é apenas um componente básico do núcleo familiar. Muito menos pau para toda obra. Ou, ainda: dona de casa com reprimida ânsia de viver a vida. Não é mera figurante. É protagonista, contracenando com o marido e os filhos, num misto de terra a terra e de êxtases, no palco existencial da representação consanguínea. Filhos, a gente os cria para o mundo, para que eles tracem o próprio rumo, sigam o seu destino, façam suas escolhas, superem frustrações, aceitem o inexorável, assumam os próprios erros e deles se desvencilhem como quem cai e se levanta. Um passo errado, um vaso que cai e se quebra é aviso de que se deve ter mais cuidado.
Amar é um processo permanente de libertação e de doação. Ser penhora e não senhora, na concordância e na divergência, nas horas alegres e nas horas tristes, no sucesso e no fracasso, na saúde e na doença. No abraço filial e reconhecido, no clima do Dia das Mães. Abraçar é unir dois corpos na altura do coração. Se a mãe está bem velhinha, agacha-te, que ela merece, e dá-lhe um beijo demorado, do tamanho do amor que lhe dedicas. Ou ajoelha-te diante dela, mãe, avó, bisavó, trisavó...
Dia das Mães, dia de honra e louvores à tua mãe, à minha mãe, em homenagem póstuma; à minha esposa e mãe, a todas as mães.
Parabéns, mães!