UMA PORTA QUE ABRIU DE REPENTE


Eu pratico ciclismo há muitos anos, mas não é ciclismo para competir, mas sim uma forma de me manter saudável. Com tanto tempo pedalando, um dia tinha que acontecer algum acidente para melhorar a minha atenção. Numa das minhas andanças pelas ruas de São Leopoldo-RS, eu sempre me mantenho atento, pois na rua eu estou competindo com os automóveis, as pessoas, outras bicicletas, cachorros e tudo o que vier pela frente. Formigas e outros bichos rastejante, não oferecem perigos, a não ser ratos.
Não que eu ande muito rápido, pois na minha idade de 66 anos, penso em manter um ritmo constante e com o olhar atento aos movimentos de outros veículos que andam e passam por mim com uma distância muito próxima.
Fiz a minha primeira curva para a direita e ao terminar a quadra dobrei novamente á direita, e segui por uma reta asfaltada, onde imprimi uma marcha das 21 existentes, dando uma maior velocidade e fui tirando fininho dos carros estacionado, pois se andasse mais a minha esquerda, correria o risco de ser atropelado pelos carros em andamento. Ao aproximar-me de um único táxi que estava estacionado, iria tirar outro fininho, e quando eu me aproximei da sua lateral, o motorista que estava adentrado ao veiculo, resolveu abrir a porta com vontade, não me dando tempo para tentar usar os freios, e assim como eu ia, bati em cheio na sua porta aberta, quero dizer do carro, feito por um boca aberta.
A porta dobrou para trás, a bicicleta me jogou por cima dela e passei pela porta do carro não sei como, e fui cair na sua frente, do carro, aranhando os cotovelos, pernas, mas sem gravidade. O motorista do carro saiu e mesmo me vendo sangrando, não perguntou, se eu tinha me machucado e queria saber quem iria pagar a sua porta: eu é que não sou! E não sei se tu não deve pagar o estrago da bicicleta e quem sabe um exame médico, não vai acusar mais estragos: - Acertamos que cada um pagasse o seu prejuízo.
Peguei a bicicleta e parti com ela nas costas e o corpo escorrendo sangue, e fui pagando mico até chegar a casa. Fiz os curativos, e no outro dia Mandei fazer o conserto, na bicicleta e continuei as minhas aventuras citadinhas, mas o motorista do táxi deve ter gastando bem mais para aprender a olhar antes de abrir a porta. Mas por precaução dos táxis eu prefiro passar mais longe.

AS EDIÇÕES PERDE A GRAÇA DOS MEUS CONTOS
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Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 12/05/2017
Reeditado em 21/01/2021
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