UM ASSALTANTE DISFARÇADO DE FÃ
Teve uma noitada que se apresentou para mim um fã com a sua noiva, e procurou manter uma amizade comigo, era um grande admirador das lutas, que ali aconteciam, depois de ter feito amizade comigo, foi junto com a sua noiva no meu hotel, onde deixou o seu um violão para que eu pudesse me distrair.
Um dia ele quis me levar onde morava, e era um edifício caindo aos pedaços, onde viviam outras pessoas. Levou-me ao seu aposento, e me mostrou vários objetos, como máquinas e outros utensílios, que o seu pai ao fechar o próprio escritório teria deixado para ele vender.
Sem maldade, sem desconfiar “hoje eu já desconfio pelas experiências na vida” nem passou pela minha cabeça, que eram coisas roubadas, e aquele local era um antro de marginais. Na próxima vez que foi ao meu hotel, teve a cara de me roubar coisas como uma pulseira de prata, com meu nome Scaramouche em alto relevo, um anel “aquele contado anteriormente” e um quadro com borboletas da selva Peruana, bem nas minhas barbas.
O quadro de borboletas que ele enrolou num jornal, e depois fomos para o restaurante tomar um café e eu ameacei com as minhas mãos apanhar o rolo de jornal, e ao mesmo tempo perguntando o que ele tinha enrolado naquele jornal, mas ele me conversou e pegou rapidamente o pacote e eu não querendo insistir, desisti da minha intenção, e o roubo estava bem ali e quase que eu descubro.
Resumindo, o que ele queria era manter uma amizade comigo, para depois ter acesso livre no hotel e roubar outras pessoas hospedadas, e foi o que ele fez posteriormente.
Mas a polícia o prendeu, e eu fiquei sem saber o que deveria fazer, mas meus colegas me aconselharam. Saia do hotel o mais rápido possível, pois a polícia deve aparecer. Eu até já tinha uma carta do empresário de Lima para voltar. Como o empresário estava nos devendo, nem o hotel havia pagado, e nós também não tínhamos como deixar o hotel sem o pagamento das estadias.
Aí bolei um plano, fui á agência marquei a passagem para o voo seguinte rumo a Lima, arrumei as malas, solicitei que dois lutadores ficassem conversando com o porteiro, a fim de distraí-o, e enquanto eu que já tinha feito contato com um taxista que estava me esperando na frente do hotel, e rumei direto para o aeroporto.
Estava na sala de embarque apreensivo, e pensando, só vou ficar tranquilo quando o avião alçar voo, mas para minha surpresa o meu nome foi chamado para comparecer a sala da polícia Interpol.
Ai tremi as perninhas, fui descoberto, e vou acabar sendo preso, e todas as explicações que devo dar, e quais seriam as defesas que eu poderia apresentar.
Mas ao chegar à sala, eles pediram para ver meus documentos, que segundo estava tudo de acordo, pois já tinha sido carimbado com a minha saída, conferiram e fizeram perguntas, mas sempre se referindo à documentação. Eu tinha também uma carteira de artista, pois todos os artistas contratados tinham que ter para se identificar. Acho que como eu era artista de lutas, eles poderiam ter alguma desconfiança, e depois da entrevista, acabaram me liberando Hufa. Quando eu estava no ar, livre foi ótimo. Lima espere por mim, que já estou chegando, para enfrentar as próximas feras.
Depois de ter reiniciado as lutas em Lima, voltou um lutador que estava comigo na Bolívia, e me falou, que bom que tu te mandaste para Lima, tu escapou, de uma baita roubada. A polícia foi até o hotel onde várias pessoas haviam sido roubadas. Hurra!