NA ESTRADA... DE MOTO
Hoje era sábado, dia oito de Dezembro de 2013. Eu deveria estar curtindo a nossa cabana no meio do mato... Lá em Taquara/RS, mas veja o que aconteceu: minha filha programou viagem por uma semana na mesma ocasião em que os seus queridos cachorros tiveram seis bebes... E quem ficou encarregado de cuidá-los... Claro eu e minha esposa.
Então, no meu programa, tive que abortar a cabana e ficar em casa, cuidando daqueles, como já havia dito, queridos cachorros e sua mãe que iria amamenta-los.
Aproveitei por estar em casa, não a de campo, fui pedalar meus dez quilômetros e comecei a pensar o que eu iria fazer posteriormente... Depois de levar a mãe dos seis filhotes para passear. Nesse pensar, pensei, acho que vou passear de moto até a tenda do Umbu, próximo a Nova Petrópolis, mas continuei pensando, acho que não vou andar de moto de uma forma solitária, vou deixar só no pensamento.
Depois de completar meu itinerário, voltei para casa, quando tocou o telefone - era o meu amigo Sergio Cândido, me convidando para irmos de moto até, sabe aonde? Na tenda do Umbu. Claro, vamos nessa, sou parceiro, era o que eu estava pensando. As duas e meia chegou o Sérgio com a sua moto Honda Shadow 750 cc. E me entregou a chave - tu vai na Shadow para matar a saudade que eu vou na tua scooter 150 cc... Não quis nem discutir.
Bha...Cai na federal com aquela moto potente estradeira, pronta para me levar até a tenda do Umbu e também disposta a me levar a onde eu pretendesse, e eu ali montado me sentia dono do mundo e das estradas - pois é assim que um motociclista sente – foi uma volta momentaneamente ao passado.
Após andar alguns quilômetros, passaram por nós três motociclistas, também como motos grande, e claro sentindo como se fossem motociclistas de verdade... E eram e a mesma emoção que também se apegou de mim – eles me abanaram e eu retribui, e fiquei emocionado, por fazerem dois anos que eu tinha vendido a minha moto 750 cc, e agora eu estava naquele momento, numa viagem curta de 80 quilômetros, recordando pelo menos um pouco do meu recente passado, que deixou muitas saudades... E ainda continua deixando, e por isso eu fico me enganando com uma scooter 150 cc para não romper o cordão umbilical, que une a moto ao homem de 70 anos.
Os setenta anos foram ficando para trás e hoje revisando este conto aos 77 anos, continuo andando de moto, agora com uma dawntown de 300 cc.
Já foram mais de 48 anos onde eu e a moto se tornaram uma lenda.