Tenho síndrome de Sjogren, sempre li muito, chegava a ler dois a três livros ao mesmo tempo, isso era muito tranquilo. Depois da doença fiquei cinco anos sem escrever, não lia nem jornal, comprava o jornal de domingo e levava uma semana para terminar. Era frustrante, lia sem entender, lia e relia e não assimilava.
Semana passada fui com minha amiga Sonia assistir uma palestra em Botafogo, no hospital Pró Cardíaco, tenho médico na rua ao lado, então era óbvio que não teria o menor problema. Chegamos na estação do metrô e estava anoitecendo, errei a saída e começamos a caminhar, percebi que as lojas e o fluxo dos carros estavam errados. Paramos. Pedi informação e foram desencontradas, fiz aquela pausa pra respirar, nos acalmamos e achamos o jornaleiro que nos colocou na direção correta. Fiquei triste, muito triste, aconteceu e vai acontecer outras vezes, estou aprendendo a lidar com isso.
Há seis meses venho praticando Mindfulness, estar atenta tem me ajudado com os lapsos de memória, presto mais atenção aos textos que leio, compreendo o que estou assistindo e não me perco tanto ''viajando na maionese''.
Outro fato importante é que mesmo que eu me perca eu percebo isto, antes eu levava um tempão, as vezes estava no caminho errado e tinha que voltar ruas e ruas. Não consigo andar muito tempo, então eu desistia porque já estava com dor, outras pegava taxi e o motorista reclamava porque era praticamente duas esquinas do local. Isso desgasta, a gente acaba desistindo de sair sozinha, de fazer uma compra, nem sempre as pessoas tem disponibilidade para acompanhar.
Resumindo: faço a prescrição do meu reumatologista e uso caderneta, bilhetinhos na geladeira, um programa do elefantinho verde no celular, e claro sigo praticando meu mindfulness. Posso até esquecer mas me dou conta, percebo, respiro, penso com calma e sigo adiante.
Estar atenta ao momento presente me ajuda a focar no que estou fazendo, posso me distrair com a vitrine mas eu sei que tenho um compromisso, a vitrine passa e vou em frente.
Semana passada fui com minha amiga Sonia assistir uma palestra em Botafogo, no hospital Pró Cardíaco, tenho médico na rua ao lado, então era óbvio que não teria o menor problema. Chegamos na estação do metrô e estava anoitecendo, errei a saída e começamos a caminhar, percebi que as lojas e o fluxo dos carros estavam errados. Paramos. Pedi informação e foram desencontradas, fiz aquela pausa pra respirar, nos acalmamos e achamos o jornaleiro que nos colocou na direção correta. Fiquei triste, muito triste, aconteceu e vai acontecer outras vezes, estou aprendendo a lidar com isso.
Há seis meses venho praticando Mindfulness, estar atenta tem me ajudado com os lapsos de memória, presto mais atenção aos textos que leio, compreendo o que estou assistindo e não me perco tanto ''viajando na maionese''.
Outro fato importante é que mesmo que eu me perca eu percebo isto, antes eu levava um tempão, as vezes estava no caminho errado e tinha que voltar ruas e ruas. Não consigo andar muito tempo, então eu desistia porque já estava com dor, outras pegava taxi e o motorista reclamava porque era praticamente duas esquinas do local. Isso desgasta, a gente acaba desistindo de sair sozinha, de fazer uma compra, nem sempre as pessoas tem disponibilidade para acompanhar.
Resumindo: faço a prescrição do meu reumatologista e uso caderneta, bilhetinhos na geladeira, um programa do elefantinho verde no celular, e claro sigo praticando meu mindfulness. Posso até esquecer mas me dou conta, percebo, respiro, penso com calma e sigo adiante.
Estar atenta ao momento presente me ajuda a focar no que estou fazendo, posso me distrair com a vitrine mas eu sei que tenho um compromisso, a vitrine passa e vou em frente.