Vida incongruente

A vida é uma porra de um paradoxo. Não é qualquer paradoxo, mas a “porra de um paradoxo”. As pessoas são seres tão complexos e ao mesmo tempo tão simples, que só isso já é o suficiente para fritar aquilo que chamamos de neurônios. A facilidade de ser humano é que a morte é fácil e inevitável, mas o que fazemos com a vida é que cria essa porra desse paradoxo. Há a possibilidade de se morrer e continuar vivendo? Se não, o que diriam de que renasce não estando morto? Passamos por aqui e fazemos tanta coisa e essas coisas parecem ser tão insignificantes que, às vezes, o sistema congela e me pego pensando: o que eu faço? É estranho pensar que nem mesmo os maiores gênios da humanidade sobreviverão ao tempo, sendo que eles possuem uma importância tão vital que sustenta o presente nosso de cada dia. Quais são os nomes que revolucionaram a tecnologia há cinco mil anos? Conseguimos lembrar de todos, ou sequer sabemos de sua existência? Essa coisa de ser passageiro combina com a viagem que fazemos. A viagem que importa, mas não é tão importante. Há um sol queimando hidrogênio ali em cima e quando ele se cansar, tudo vai se dissipar como se nunca tivesse existido. Isso deveria ser o suficiente para instaurar uma anarquia no mundo e acabaríamos por nos destruir mais rápido do que o esperado, mas não... continuamos vivendo e fazendo como se realmente fosse importante, e mesmo não sendo, sabemos que é. O sentido da vida está nos momentos que vivemos, e mesmo não sabendo aonde vamos parar, a coisa não perde importância. E no final tudo acaba de qualquer forma. AAAAAAHHHHHH

Mas é um caralho essa porra de paradoxo da vida. Como algo tão insignificante pode ter tanta significância? É uma pergunta que certamente eu não saberia responder, e acredito que nunca saberei. Mas continuo vivendo, morto sem perder a vida e renascendo sem nunca ter morrido. Acho que isso faz parte, não é mesmo?