Crônica e maltraçada

Admito que não possuo nenhua condição para censurar as autoridades maiores do ensino no país. Como um mero caçador de ticacas e matuto sem lene documento poderia contestar a erudição, conhecimento e cultura dos mestres do Mec e demais órgãos que comandam a Educação e a Cultura no Brasil?

Mas sou teimoso e fico desabafando com os meus botões a minha doiscordância com esse pessoal,princialmente no tocante ao ensino de FRedação. Sim, porque hoje o ensino de Redação via apenas a atender os requesitos e exigência de como escrever o texto da prova do Enem. Ora, essa maneira, exigência, direcionamento limita a criatividade doaluno, engessa, reduz, castra o estilo. Resutado: todas as redações ficam quase iguais, pre-fabricadas, textos medíocres, babaquice em série.

A redação fica parecendo um artigo sem sal, um editorial ,ixuruca. Não há nenhu lampejo de criatividade, nada coloquial, nenhum invento, neca de pitibiiriba de estilo próprio.

Talvez esteja sendo injusto com os luminares do Mec, hoje comandados por um grande conhecedor da arte da escrita, bem como a cultura que é dirigidapor um expert em literatura, dois pernambucanos que se destacaram no cenario nacional por sua vasta cultura. Pega na mentira.

Concordo que me irrito com essa camisa de força que é aprovade redqação do Enem, o ensino de comose fazer um artigo mediocre mas atendendo o esquema, porque adoro o gênero crônica, o qual dispensa regras e é avesso á camisa de força dessas esquemas imbecis. A crônica para mim é algo ndispensável. Mais: acho que um dos melhores escritores do Brasil foi Rubém Braga que só escreveu crônicas.

Omeu medo é que com essa exigência do Mec, o formato e desenvolvimento da redação, quem tentar fugir e ousar dar vazão a sua criatividade tira zero na prova, não tenhamos no futuro cronistas no país, só editorialistas medíocres e autores de artigos mixurucas.

Seique parece muito tênue a diferença entre artigo e crônica. Mas édiferente. Drummond definiu bem a diferrença quando disse que a crônica ser um texto despido de paletó e gravata. Sem cmpromisso com esquemas, com estatísticas, permitindo o empero da ficção e permitindo o vôo da imaginação.

No meu caso particular juro que tento escrever crônicas, mas não consigo por falta de talentopor isso me contento em escrever maltraçadas, as quais não têm nenhum compromisso com normas. Adoro ler crônicas, principalmente aqui no RL onde há ótimos cronistas. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 07/05/2017
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