Tempo e Vida
Escrever todos os dias esgota, falta assunto, dá branco total. Po outro lado é cansativo e repetitivo ficar comentando o que sai nas redes, nos jornais e na midia sobre a crise. Não que a gente pae de comentar, mas é preciso fazè-lo com moderação e parcimônia.
Por isso, agora, final da noite deste cinco de maio, fiquei pensando na vida, no que foi e naquilo que poderia ter sido, nas perdas e ganhos, acomodações, frustrações, alegrias e no escambau de ativos e passivos de uma vida.
Na verdade, só mais tarde, no entardecer da vida, lamentamos o que deixamos de fazer, tanto por medo como por acomodação, aquele deixa pra amanhã, aquela mania de temer se expor, pagar pra ver, mergulhar de cabeça, aquele excesso de ponderação babaca, aquele relutar constante, aquele...
Quando menos esperamos, o tempo passou e já não é possível voltar atrás... Entõ, no meu caso particular, além de rir de mim mesmo e das besteiras que fiz e na absoluta falta de qualquer resquício de ambição, apenas releio de vez em quando nao o poema, mas a adaptação de um poema de Mário Quintana que um sujeito gozador que manga muito de mim recortou de uma revista e me deu, gostei e coloquei dentro da Bíblia.
Eis a adaptação do poema do grande poeta gaúcho:
"A vida é o dever que snos trouxemos
para fazer em casa.
Quando se vê já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, passaram-se 50 anos!
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frentee iria jogando pelo caminho,
a casca durada e inútil das horas...
Dessa forma eu digo:
Nao deixe de fazer algo
que gosta devido à falta de tempo,
a única falta que terá,
será desse tempo que
infelizmente não voltará mais".
No mais, agora é cantar com Zeca Pagodinho, "deia vida me levar, vida leva eu...". Inté.