A REFORMA DA PREVIDÊNCIA

Muita gente tem se manifestado sobre a conta da Previdência Social, alegando que o país tem 1 trilhão para receber em execuções fiscais das empresas de todo Brasil. O leigo pensa que receber créditos de execuções fiscais é fácil e rápido, isso demora anos. O empresário embora tenha dinheiro para pagar sua dívida ele entra na justiça por 0,25 e 0,50% de juros ao mês, embargos em cima de embargos. A maioria dessas execuções tem penhora de ativo das empresas, como exemplo máquinas e equipamentos, quase sempre usados e que vão se deteriorando e perdendo valor, às vezes insuficientes e, quando os bens são leiloados são arrematados pelo valor mínimo e esse dinheiro entra nos cofres do tesouro. O dinheiro do tesouro é usado para obras, para a educação, para a saúde e para a segurança.

Em contabilidade, cada verba tem sua conta no balanço e não tem como usar dinheiro do tesouro para pagar a previdência. A conta da previdência é abastecida, exclusivamente, com as contribuições dos salários dos trabalhadores e não com o dinheiro do tesouro.

A reforma da previdência é uma peça complicada, de difícil entendimento para nós leigos, ouçam economistas de renome e não qualquer palpiteiro dos jornais e da televisão que não entendem nada de contabilidade e pensam que verbas são joguetes que são colocadas como mercadorias em sacola de supermercado. Ouve-se muita baboseira por aí e até por alguns deputados da oposição, que decoram algumas palavras do projeto e pensam que estão aptos para discutir a matéria, dizendo coisas sem sentido. A reforma não é só para o atual governo, ela vai servir para outros presidentes de qualquer partido que se elegerem, até ficar defasada e precisar de uma outra reforma, talvez mais rigorosa do que a atual.

Fiz contabilidade há muitos anos, trabalhei em banco e tenho pequena noção de contabilidade, balancetes e balanços e trabalhei 23 anos como Oficial de Justiça estadual e federal, fiz muitas penhoras e leilões de bens, alguns cacarecos que rendia minguados reais aos cofres do governo federal.

Vamos deixar para os técnicos do governo que entendem e que estão empenhados em fazer a reforma menos penosa possível para todos trabalhadores, pobres e mais abastados de todas as categorias profissionais.

Miguel Toledo
Enviado por Miguel Toledo em 04/05/2017
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