Desafios
Penso no quanto a vida soube me fazer conhecer o meu limite. Fui apresentada e inserida, em um mundo, ao qual não pertenço. Simultaneamente, reconheço os inúmeros significativos motivos e vantagens que me fazem persistir. Muitos dizem que o sofrimento é exclusiva consequência e, talvez, o melhor meio de alcançar aquilo que se almeja. No caso, a dor é a causa, o ponto incipiente e primordial para o meu autoconhecimento.
Vejo que cada, unicamente, lágrima, lastimação e segundos gastos na companhia de soluços, oriundos de intensos momentos de solidão, contribuíram para a descorberta do meu ser, do meu Eu. Letra maiúscula. O Eu é sempre um alguém formado por todo um conjunto de méritos, filosofia de vida e modo de viver, ou seja, que vai muito além do simples fato de ter recebido um nome no cartório.
Devido a isso, suplico: a vida não é, mais que do que sabidamente, um conto de fadas desprovido de imperfeições que a mídia tanto propaga. Mais relevante é um erro cometido e posterior crescimento, que uma vida repleta de acertos. Qual seria o reconhecimento dado àquilo que se faz e se pensa? O quão rotineiro viria a se tornar? Sem graça seria!