O PINTO VERDE DE NHÁ MARIA
Vovó Maria criava muitas aves no sítio em que morávamos.
Sua preferência eram os marrecos,criados na pequena ilha em formato de ferradura dentro do rio das Antas.
Depois,as penosas,em suas mais diferentes espécies...Angolas, perus, e as galinhas.
Estas,subdivididas entre:poedeiras,índias briguentas, topetudas e as famosas galinhas dos ovos azuis.
Havia,porém,uma raça que recebia atenção especial de vovó às quais ela denominava "gigantes".Eram,na verdade,aves desengonçadas,em tamanho e pêso muito superiores às consideradas normais.Imagino,serem as tais,os "chesters" da atualidade.
No terreiro, dois cachorros.Um dêles,vadio e sonolento,com preguiça até para latir,como apregoava a sua dona,chamava-se "Campeiro",que de campo muito pouco conhecia dado ao seu menospreso à coxilha que se lhe oferecia em abundância.
O outro, enfezado e num constante azedume, denominava-se "Tigre" e era tido como "o respeito da casa".
A mais recente ninhada dos gigantes já estava de bom tamanho e dentre a dezena de frangas destacava-se um frangote,bem avantajado em tamanho (um fran/chester) que fôra predestinado a ocupar a vaga de galo do terreiro face ao vergonhoso desempenho daquêle que ora exercia o mandato e demonstrava um rendimento medíocre e muito aquém do que se esperava.
Num certo dia, o pré candidato à galo, não satisfeito com a porção de milho que lhe fora servida resolveu saciar a gula no prato de Tigre,o enfezado...Aquêle!
Desafiado em seu azedo autoritarismo, êste tascou-lhe uma mordida que retirou, literalmente, mais da metade de seu dôrso.
Após o tremendo alarido e o constrangimento do cachorro ao ouvir de vovó uma coleção de impropérios proferidos contra a moral de sua desconhecida progenitora,o frango paparicado foi conduzido às pressas,entre a vida e a morte,ao paiol dos curativos.
A sutileza de um asno atolado transparecera nas palavras de vovó ,que "gentilmente" me convidara a escafeder-se dali e reaparecer o mais rápido possível trazendo da casa do forno um punhado de carvão.
Tarefa cumprida, a boa velhinha o colocou num pilão,socou por algum tempo e passou tudo por uma peneira muito fina.Acrescentou a isso umas colheradas de banha de porco e gotas de arnica.Êste unguento,manipulado pela nervosa farmacêutica de paiol foi utilizado para tapar o buraco nas costas do frango.
Para certificar-se de que o curativo não cairia, era necessário algumas ataduras...
Uma vez mais soaram as sutilezas...E mamãe surgiu trazendo nas mãos,como a primeira coisa que encontrara,um meião na cor verde bandeira que meu pai usava para jogar futebol.
Recortado,a parte do cano do meião foi vestida no acidentado e com auxilio de linha e agulha feito uma vestimenta que lhe deixava livres as pernas ,asas e pescôço.
Vovó,agora um pouco mais calma,profetizou:"Se aguentar uns tres dias,não morre meeessmo!...E aí,vai ser o galo do terreiro".
E o bichinho venceu o período crítico,vindo a transformar-se muito além de um frangão,numa atração a quem passava pela estradinha que levava à olaria.
_"Olhem só!...É o pinto verde da Nha Maria!"...kkkkkkk....
E o distinto desfilava a sua griffe entre o bando de suspirantes donzelas galináceas.
O tempo correu,agora quase um galo feito,o corpete verde a lhe sufocar...
Tarde de outono...Palmas no portão.
Apressada,Vó Maria ,sai para atender e quase tem uma síncope.
A esperar-lhe,com ar de preocupação,Senhor Ângelo.Sócio da olaria e proprietário de um dos únicos veículos (um Jeep) que transitava pela estradinha umas duas ou tres vezes ao dia.
Em sua mão,o cadáver fresco do verdão,seguro pelas pernas compridas parecia visualisar no chão com olhos de defunto algum ponto de referência de sua trágica existência de frango.
Educado e cavalheiro,o condutor do veículo tenta alguma explicação:
_Eu não tive culpa,Nhá Maria.Juro-lhe que tentei desviar,pisei fundo no freio,mas o pobrezinho meteu-se entre os pneus e aí...Aconteceu,né!?...Mas está inteirinho,dá para se aproveitar num bom guizado.
A dona da ave,nada respondeu de imediato.É claro que em "of",os mesmos impropérios e calúnias proferidas há algum tempo atrás ao indefeso do Tigre e à sua desconhecida mãezinha foram atribuídos à Ângelo e a quem lhe gerou.Do que sobrou,restaram em palavras tão sòmente:
_É nisso que dá êsses modernismos de hoje.Passam voando nestas porcarias!...
[30 km por hora era o que presumo]
Resumindo,o dito cujo,depois de esquartejado foi velado por uma tarde inteira mergulhado numa salgadeira.Enfeitavam-lhe os restos mortais,folhas de manjerona e cheiro verde picado.
Incorporada ao espírito de alguma nona italiana,os braços de mamãe em movimentos bruscos com o rôlo de madeira estenderam sobre a mesa um tapete de macarrão caseiro.
Cai a noite,trazendo em seu bojo uma fria e persistente chuvinha.
Durante o jantar,vovó que raramente comia carne,era uma quase vegetariana,introspectiva,enrolava as tirinhas finíssimas de couve armando pequenos ninhos na ponta do garfo.
As coxas musculosas do "fran/chester",mergulhadas num molho cheiroso,apontavam para o teto numa sombra tremulante à frouxa luminosidade do lampeâozinho à querozene.
Aos meus pais e à mim,fôra concedido o sagrado e democrático direito de escolha.Assim,entre o verde da couve de vó Maria e a macarronada caseira com o molho do frango verde,escolhemos de comum acordo,a segunda opção.
Joel Gomes Teixeira
PS.Este texto é dedicado ao meu amigo Geraldinho do Engenho que há poucos dias publicou uma história muito hilária sobre um determinado frangote.
Texto reeditado.
Preservados os comentários ao texto anterior:
07/11/2011 03:54 - Chico Chicão
Há muito tempo,tive um galo metido a galâ que levou uma patada de um gato arrancando-lhe meio quilo do peito.Não conhecia a receita de sua Vó,senão teria salvado o coitado.Carvão purifica,banha liga,arnica cura.Bela receita!Iratiense Joel.Conta mais histórias prá gente...conta...Obrigado pelos comentários.Fique na paz!
03/07/2010 20:25 - Mariluxa
Apesar do triste fim do frango verde, sua história é contada de uma forma tão autêntica que cheguei até ver o coitadinho nas situações que vc retratou. Qualquer dia vou postar um conto sobre um pintinho que tivequando criança, a demora é encointrar onde coloquei o rascunho. Parabéns, nobre contista, Joel! Abraços!
07/06/2010 08:46 -
Adorei o pinto verde em conto... ficou excelente! Sou quem escreve contos fictícios...gosto muito e o teu ficou um show, seja fictício ou não, adorei tbm a do frango gay do Geraldino, muito oportuna sua homenagem! Parabéns de novo!
04/06/2010 12:42 - Malgaxe
Olha eu raramente comia frangos e porcos que se criavam em casa, não conseguia mastigar um bicho que era criado aos meus olhos, mas a história do frangão me lembra que na casa de minha avó, os galinheiros e o pátio cercado, cheirando a lama, porcos e escrementos de animais era tudo normal. Isto tudo ali no bairro alto da glória, claro que antigamente, hoje seria praticamente impossivel se criar um pato no terreiro. Belo texto. Abraços
01/06/2010 16:48 - Dante Marcucci
Mais um belo conto. Bom te ler. Parabens. Um abraço gaucho.
29/05/2010 20:49 - Lilian Reinhardt
Poeta da minha terra, conto tão real quanto mágico esse desdobrar de sua narrativa tão bela, que caminha pelos terreiros das andanças da alma, e nos fixa a ternura como olor dessas memórias/registros tão preciosos! Caminhei junto por entre as variadas aves, e lembrei dos cuidados das revelações de talentos que minha mãe também velava ao tratar e curar as aves. Obrigada, lindo demais! Imenso abraço!
29/05/2010 16:40 - Lisyt
Dentre as aves do terreiro e do cotidiano, podem surgir boas histórias. Ainda mais quando o contador é um poeta. Bom domingo!
28/05/2010 13:27 - J Estanislau Filho
Penso, que a melhor matéria prima para a construção literária, continua em nosso riquíssimo regionalismo. Abraço fraterno.
27/05/2010 22:56 - Giustina
Encantada com tua facilidade em descrever fatos do cotidiano, eu estava aqui torcendo pelo frangão verdinho e fiquei entristecida com o final. Ele não merecia, depois de vencer as mazelas do atropelamento, acabar dentro de uma panela! Que pena! Mas te parabenizo pelo belo texto. Beijão Agrardo tua visita na minha crônica de hoje.
27/05/2010 18:39 - ademarmaciel [não autenticado]
Iratiese Joel, gostei, vc escreveu tal qual a vivencia do campo, detalhes e tudo mais, deixando transparecer em seu texto este carinho com que o roceiro cuida de seus animais. Realmente uma tragedia com o pobre pinto verde, mas fazer o que??? se estive no seu lugar, tambem ecolheria a segunda opção. Um abraço! Parabens.
27/05/2010 14:02 - Maria Iaci
Apesar das tragédias que marcaram a vida deste desafortunado frango verde, o causo ficou muito engraçado, Joel! Você esteve muito espirituoso nos seus ditos e tiradas e eu me diverti muito, embora tenha me condoído à beça com o destino infeliz do coitado do "franchester". Um abraço.
27/05/2010 11:41 - Anita D Cambuim
Velório de galo kkkkkkkkk só você mesmo!
26/05/2010 23:12 - CONCEIÇÃO GOMES
tambem tenho a minha história. Lá em casa tinha um frango capenga, não sei o que ele tinha, era todo desengonçado e andava tremendo.Um dia encontrei uma caixa de uma vitamina chamada Edifican. Enfiei na cabeça que aquilo iria fazer bem á saude do frango e ai fazia uma papa de milho misturado com a tal vitamina (era em pó) e dava para o frango. Pois não é que ele ficou curado e virou o rei do quintal? Até o dia em que virou um bom ensopado com batatas.
26/05/2010 20:49 - geraldinho do engenho
Amigo joel é uma grande honra rececber tão gentil dedicatoria de um amigo tão querido...Ja me bastaria deleitar em cada palavra do seu texto que como tantos outros me coloca de volta ao passado como nós tivessemos convivido desde a infancia embora esteja eu vários anos na sua frente...Sua narrativa nos colaca frente a um verdadeiro filme com tamanha precisão que deu pra ver e até sentir o sabor do cheiro verde...Obrigado amigo e felicidades com muita paz e harmonia ....Abraços fraternos!
Vovó Maria criava muitas aves no sítio em que morávamos.
Sua preferência eram os marrecos,criados na pequena ilha em formato de ferradura dentro do rio das Antas.
Depois,as penosas,em suas mais diferentes espécies...Angolas, perus, e as galinhas.
Estas,subdivididas entre:poedeiras,índias briguentas, topetudas e as famosas galinhas dos ovos azuis.
Havia,porém,uma raça que recebia atenção especial de vovó às quais ela denominava "gigantes".Eram,na verdade,aves desengonçadas,em tamanho e pêso muito superiores às consideradas normais.Imagino,serem as tais,os "chesters" da atualidade.
No terreiro, dois cachorros.Um dêles,vadio e sonolento,com preguiça até para latir,como apregoava a sua dona,chamava-se "Campeiro",que de campo muito pouco conhecia dado ao seu menospreso à coxilha que se lhe oferecia em abundância.
O outro, enfezado e num constante azedume, denominava-se "Tigre" e era tido como "o respeito da casa".
A mais recente ninhada dos gigantes já estava de bom tamanho e dentre a dezena de frangas destacava-se um frangote,bem avantajado em tamanho (um fran/chester) que fôra predestinado a ocupar a vaga de galo do terreiro face ao vergonhoso desempenho daquêle que ora exercia o mandato e demonstrava um rendimento medíocre e muito aquém do que se esperava.
Num certo dia, o pré candidato à galo, não satisfeito com a porção de milho que lhe fora servida resolveu saciar a gula no prato de Tigre,o enfezado...Aquêle!
Desafiado em seu azedo autoritarismo, êste tascou-lhe uma mordida que retirou, literalmente, mais da metade de seu dôrso.
Após o tremendo alarido e o constrangimento do cachorro ao ouvir de vovó uma coleção de impropérios proferidos contra a moral de sua desconhecida progenitora,o frango paparicado foi conduzido às pressas,entre a vida e a morte,ao paiol dos curativos.
A sutileza de um asno atolado transparecera nas palavras de vovó ,que "gentilmente" me convidara a escafeder-se dali e reaparecer o mais rápido possível trazendo da casa do forno um punhado de carvão.
Tarefa cumprida, a boa velhinha o colocou num pilão,socou por algum tempo e passou tudo por uma peneira muito fina.Acrescentou a isso umas colheradas de banha de porco e gotas de arnica.Êste unguento,manipulado pela nervosa farmacêutica de paiol foi utilizado para tapar o buraco nas costas do frango.
Para certificar-se de que o curativo não cairia, era necessário algumas ataduras...
Uma vez mais soaram as sutilezas...E mamãe surgiu trazendo nas mãos,como a primeira coisa que encontrara,um meião na cor verde bandeira que meu pai usava para jogar futebol.
Recortado,a parte do cano do meião foi vestida no acidentado e com auxilio de linha e agulha feito uma vestimenta que lhe deixava livres as pernas ,asas e pescôço.
Vovó,agora um pouco mais calma,profetizou:"Se aguentar uns tres dias,não morre meeessmo!...E aí,vai ser o galo do terreiro".
E o bichinho venceu o período crítico,vindo a transformar-se muito além de um frangão,numa atração a quem passava pela estradinha que levava à olaria.
_"Olhem só!...É o pinto verde da Nha Maria!"...kkkkkkk....
E o distinto desfilava a sua griffe entre o bando de suspirantes donzelas galináceas.
O tempo correu,agora quase um galo feito,o corpete verde a lhe sufocar...
Tarde de outono...Palmas no portão.
Apressada,Vó Maria ,sai para atender e quase tem uma síncope.
A esperar-lhe,com ar de preocupação,Senhor Ângelo.Sócio da olaria e proprietário de um dos únicos veículos (um Jeep) que transitava pela estradinha umas duas ou tres vezes ao dia.
Em sua mão,o cadáver fresco do verdão,seguro pelas pernas compridas parecia visualisar no chão com olhos de defunto algum ponto de referência de sua trágica existência de frango.
Educado e cavalheiro,o condutor do veículo tenta alguma explicação:
_Eu não tive culpa,Nhá Maria.Juro-lhe que tentei desviar,pisei fundo no freio,mas o pobrezinho meteu-se entre os pneus e aí...Aconteceu,né!?...Mas está inteirinho,dá para se aproveitar num bom guizado.
A dona da ave,nada respondeu de imediato.É claro que em "of",os mesmos impropérios e calúnias proferidas há algum tempo atrás ao indefeso do Tigre e à sua desconhecida mãezinha foram atribuídos à Ângelo e a quem lhe gerou.Do que sobrou,restaram em palavras tão sòmente:
_É nisso que dá êsses modernismos de hoje.Passam voando nestas porcarias!...
[30 km por hora era o que presumo]
Resumindo,o dito cujo,depois de esquartejado foi velado por uma tarde inteira mergulhado numa salgadeira.Enfeitavam-lhe os restos mortais,folhas de manjerona e cheiro verde picado.
Incorporada ao espírito de alguma nona italiana,os braços de mamãe em movimentos bruscos com o rôlo de madeira estenderam sobre a mesa um tapete de macarrão caseiro.
Cai a noite,trazendo em seu bojo uma fria e persistente chuvinha.
Durante o jantar,vovó que raramente comia carne,era uma quase vegetariana,introspectiva,enrolava as tirinhas finíssimas de couve armando pequenos ninhos na ponta do garfo.
As coxas musculosas do "fran/chester",mergulhadas num molho cheiroso,apontavam para o teto numa sombra tremulante à frouxa luminosidade do lampeâozinho à querozene.
Aos meus pais e à mim,fôra concedido o sagrado e democrático direito de escolha.Assim,entre o verde da couve de vó Maria e a macarronada caseira com o molho do frango verde,escolhemos de comum acordo,a segunda opção.
Joel Gomes Teixeira
PS.Este texto é dedicado ao meu amigo Geraldinho do Engenho que há poucos dias publicou uma história muito hilária sobre um determinado frangote.
Texto reeditado.
Preservados os comentários ao texto anterior:
07/11/2011 03:54 - Chico Chicão
Há muito tempo,tive um galo metido a galâ que levou uma patada de um gato arrancando-lhe meio quilo do peito.Não conhecia a receita de sua Vó,senão teria salvado o coitado.Carvão purifica,banha liga,arnica cura.Bela receita!Iratiense Joel.Conta mais histórias prá gente...conta...Obrigado pelos comentários.Fique na paz!
03/07/2010 20:25 - Mariluxa
Apesar do triste fim do frango verde, sua história é contada de uma forma tão autêntica que cheguei até ver o coitadinho nas situações que vc retratou. Qualquer dia vou postar um conto sobre um pintinho que tivequando criança, a demora é encointrar onde coloquei o rascunho. Parabéns, nobre contista, Joel! Abraços!
07/06/2010 08:46 -
Adorei o pinto verde em conto... ficou excelente! Sou quem escreve contos fictícios...gosto muito e o teu ficou um show, seja fictício ou não, adorei tbm a do frango gay do Geraldino, muito oportuna sua homenagem! Parabéns de novo!
04/06/2010 12:42 - Malgaxe
Olha eu raramente comia frangos e porcos que se criavam em casa, não conseguia mastigar um bicho que era criado aos meus olhos, mas a história do frangão me lembra que na casa de minha avó, os galinheiros e o pátio cercado, cheirando a lama, porcos e escrementos de animais era tudo normal. Isto tudo ali no bairro alto da glória, claro que antigamente, hoje seria praticamente impossivel se criar um pato no terreiro. Belo texto. Abraços
01/06/2010 16:48 - Dante Marcucci
Mais um belo conto. Bom te ler. Parabens. Um abraço gaucho.
29/05/2010 20:49 - Lilian Reinhardt
Poeta da minha terra, conto tão real quanto mágico esse desdobrar de sua narrativa tão bela, que caminha pelos terreiros das andanças da alma, e nos fixa a ternura como olor dessas memórias/registros tão preciosos! Caminhei junto por entre as variadas aves, e lembrei dos cuidados das revelações de talentos que minha mãe também velava ao tratar e curar as aves. Obrigada, lindo demais! Imenso abraço!
29/05/2010 16:40 - Lisyt
Dentre as aves do terreiro e do cotidiano, podem surgir boas histórias. Ainda mais quando o contador é um poeta. Bom domingo!
28/05/2010 13:27 - J Estanislau Filho
Penso, que a melhor matéria prima para a construção literária, continua em nosso riquíssimo regionalismo. Abraço fraterno.
27/05/2010 22:56 - Giustina
Encantada com tua facilidade em descrever fatos do cotidiano, eu estava aqui torcendo pelo frangão verdinho e fiquei entristecida com o final. Ele não merecia, depois de vencer as mazelas do atropelamento, acabar dentro de uma panela! Que pena! Mas te parabenizo pelo belo texto. Beijão Agrardo tua visita na minha crônica de hoje.
27/05/2010 18:39 - ademarmaciel [não autenticado]
Iratiese Joel, gostei, vc escreveu tal qual a vivencia do campo, detalhes e tudo mais, deixando transparecer em seu texto este carinho com que o roceiro cuida de seus animais. Realmente uma tragedia com o pobre pinto verde, mas fazer o que??? se estive no seu lugar, tambem ecolheria a segunda opção. Um abraço! Parabens.
27/05/2010 14:02 - Maria Iaci
Apesar das tragédias que marcaram a vida deste desafortunado frango verde, o causo ficou muito engraçado, Joel! Você esteve muito espirituoso nos seus ditos e tiradas e eu me diverti muito, embora tenha me condoído à beça com o destino infeliz do coitado do "franchester". Um abraço.
27/05/2010 11:41 - Anita D Cambuim
Velório de galo kkkkkkkkk só você mesmo!
26/05/2010 23:12 - CONCEIÇÃO GOMES
tambem tenho a minha história. Lá em casa tinha um frango capenga, não sei o que ele tinha, era todo desengonçado e andava tremendo.Um dia encontrei uma caixa de uma vitamina chamada Edifican. Enfiei na cabeça que aquilo iria fazer bem á saude do frango e ai fazia uma papa de milho misturado com a tal vitamina (era em pó) e dava para o frango. Pois não é que ele ficou curado e virou o rei do quintal? Até o dia em que virou um bom ensopado com batatas.
26/05/2010 20:49 - geraldinho do engenho
Amigo joel é uma grande honra rececber tão gentil dedicatoria de um amigo tão querido...Ja me bastaria deleitar em cada palavra do seu texto que como tantos outros me coloca de volta ao passado como nós tivessemos convivido desde a infancia embora esteja eu vários anos na sua frente...Sua narrativa nos colaca frente a um verdadeiro filme com tamanha precisão que deu pra ver e até sentir o sabor do cheiro verde...Obrigado amigo e felicidades com muita paz e harmonia ....Abraços fraternos!