SOMBRAS DA NOITE
As sombras da noite me prenderam com um trauma ocorrido na minha infância, causando medo da escuridão, da noite, mesmo com todas as luzes das estrelas, que possuem um clarão de luz.
Hoje, com 73 anos, ainda estou carregando este episódio estranho de temor pelo escuro. A minha mente não consegue se desvencilhar e nem explicar, pois acredita que é um problema sem explicação, que não deveria existir. Mas existe. Ele está ativo na minha mente e não quer sair.
Eu sempre soube administrar este meu trauma infantil, mas depois que sofri um AVC aos 67 anos, passei a ter pesadelos que me acompanham de forma recorrente, para assombrar esses medinhos estúpidos.
Consultando com neurologistas, alguns me aconselharam a fazer as pazes com a noite e tê-la de forma a não permitir-me ser perturbado. Como conselho, eu deveria escrever algo bonito a respeito da noite para ter um sono profundo e, assim, ser um sonhador com coisas agradáveis. E por isso estou escrevendo este conto, como um auto-ajuda.
Então eu comecei a olhar as sombras da noite como se elas quisessem esconder o dia. Às vezes se modificam na sua aparência. Eu, fico olhando na escuridão e nas sombras da noite as modificações que eu imagino, e que podem ser piores ou melhores. Por que, então, eu ainda fico imaginando as piores? Será que era por que eu tenho uma mente mal doutrinada, pelo trauma infantil, pelo meu AVC? Não sei, mas eu precisava domá-la.
E é por isso que estou transformando as sombras da noite em belas imagens, como imaginar a própria natureza, usando da noite e do dia, mas procurando nessas mudanças o que ela, a natureza, dentro da sua nobreza, tem de mais precioso e grandioso, dependendo do ângulo e de como nós olharmos, vamos ver um mundo real.
E nós, também reais, temos de olhar as sombras da noite e a própria escuridão como uma paz interior e curtir o silêncio que é próprio da natureza escura. É quando podemos ouvir pequenos barulhos, vindos com o vento, notamos barulhos do mundo, da vida, que sem as sombras e o silêncio da noite parece que eles não existiam.
Mas eles existem, pois a vida continua a manter sua essência e vivência, tanto de dia como à noite – trabalham em comum acordo para uma alteração entre o escuro e o claro. Mas ambos são maravilhosos.
Todas estas alterações acontecem entre a obscuridade da noite e a iluminação do sol durante os dias. A noite que eu me refiro nos pede um belo sono para a revitalização no dia seguinte e assim encontrar um novo alvorecer, trazendo energias para dar seguimento a um novo dia e continuar a vida. É isso que vou tentar fazer.
Hoje, com 73 anos, ainda estou carregando este episódio estranho de temor pelo escuro. A minha mente não consegue se desvencilhar e nem explicar, pois acredita que é um problema sem explicação, que não deveria existir. Mas existe. Ele está ativo na minha mente e não quer sair.
Eu sempre soube administrar este meu trauma infantil, mas depois que sofri um AVC aos 67 anos, passei a ter pesadelos que me acompanham de forma recorrente, para assombrar esses medinhos estúpidos.
Consultando com neurologistas, alguns me aconselharam a fazer as pazes com a noite e tê-la de forma a não permitir-me ser perturbado. Como conselho, eu deveria escrever algo bonito a respeito da noite para ter um sono profundo e, assim, ser um sonhador com coisas agradáveis. E por isso estou escrevendo este conto, como um auto-ajuda.
Então eu comecei a olhar as sombras da noite como se elas quisessem esconder o dia. Às vezes se modificam na sua aparência. Eu, fico olhando na escuridão e nas sombras da noite as modificações que eu imagino, e que podem ser piores ou melhores. Por que, então, eu ainda fico imaginando as piores? Será que era por que eu tenho uma mente mal doutrinada, pelo trauma infantil, pelo meu AVC? Não sei, mas eu precisava domá-la.
E é por isso que estou transformando as sombras da noite em belas imagens, como imaginar a própria natureza, usando da noite e do dia, mas procurando nessas mudanças o que ela, a natureza, dentro da sua nobreza, tem de mais precioso e grandioso, dependendo do ângulo e de como nós olharmos, vamos ver um mundo real.
E nós, também reais, temos de olhar as sombras da noite e a própria escuridão como uma paz interior e curtir o silêncio que é próprio da natureza escura. É quando podemos ouvir pequenos barulhos, vindos com o vento, notamos barulhos do mundo, da vida, que sem as sombras e o silêncio da noite parece que eles não existiam.
Mas eles existem, pois a vida continua a manter sua essência e vivência, tanto de dia como à noite – trabalham em comum acordo para uma alteração entre o escuro e o claro. Mas ambos são maravilhosos.
Todas estas alterações acontecem entre a obscuridade da noite e a iluminação do sol durante os dias. A noite que eu me refiro nos pede um belo sono para a revitalização no dia seguinte e assim encontrar um novo alvorecer, trazendo energias para dar seguimento a um novo dia e continuar a vida. É isso que vou tentar fazer.