Escrever e escrevinhar

Graciliano Ramos afirmou, num texto antológico, que se devia escrever cpmo as lavadeiras de Alagoas faziam o seu ofício, dando uma primreira lavada,batendo a roupa, dando uma segunda lavada, esticando, botando os igredientes, relavando, retorcendo e etc e coisa e tal. descreveu todo o ritual. Para escrever, segundo o Velho Graça, devia-se imitar esse trabalhoso ritual.

É verdade. No entanto, hermanas e hermanos, nem todos temos a pertinácia e nem o talento das lavadeiras alagoanas e nem, claro, o cuidado e o talento do grande escritor, tlvez aquele que escreveu mais claro, mais enxuto e mais correto no país.

Infelizmente há os que nem escrevem, apenas escrevinham. incluo-me dentre eles. São aqueles que por imitações, tanto de talento como de falta de uma intimidade e conhecimento maior com a língua, além de maltratá-la ainda cometem gafes, misturam as coisas, não seguem um esquema lógica e por isso tornam o escrito confuso, daí o que prouzem tem o gosto horrível de café equentado e sopa fria.

Mas o que fazer? Escrevinhar para eles (pelo menos para mim) não é só um passatempo mas um vicio. Só que esse vicio prejudica os espaços literários. Tenho consciência disso, mas o vício me impede de tentar tomar, antes de escrever, liições com as lavadeiras de Alagoas.

Por outro lado, no meu caso, há mais um agravante: sou mobral em informática, quem digita meus "escritos" é um neto que faz isso com uma rapidez incrivel e não revisa, nem me dá oportunidade de revisar. Já acha que está fazendo muito. E está, reconheço.

Assim, estou pensando em escrever menos, talvez uma maltraçada por semana, quem sabe o texto saia melhor, mais bem cuidado, com menos erros gramaticais e mais bem estruturado. Agora, noque tange à leitura nao posso aumentar a dose porque já leio demais, preciso atpe reduzir que a vista está muito cansada.

Adorei a crônica do meu espanhol predileto, Aragon Guerrero, tudo que ele disse é verdade. Por que iria me constranger com a verdade? Vibrei com a crônica dele sobre oato de escrever. Felizmente há alguém botando o dedo na ferida. Escrever né brinquedo não. É algo sério, como gostaria de escrever como as lavadeiras de Alagoas fazem o seu ofício!. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 03/05/2017
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