É O CAOS

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Quarta-Feira, 3 de Maio de 2017

     Toda essa situação que vemos acontecer no Rio de Janeiro já vem de bom tempo atrás. Diria que, mais exatamente, a partir da abertura política, com a volta de muitos daqueles que hoje se arvoram em heróis nacionais. Porque a partir daí, foi onde a indecência e a imoralidade se apresentaram de formas absolutas.

    Sempre tivemos dificuldades com leis. E o Brasil é uma nação onde existem leis em demasia. Contudo a nação, no caso seus cidadãos, podem ser considerados como relapsos desse cumprimento. É fácil comprovar-se isso. A começar pelo simples atravessar de uma rua por parte dos pedestres em qualquer cidade brasileira.

    Mas a desordem começou a se desenvolver a partir da permissividade. Alguns citam o ex-governador Leonel Brizola, no Rio de Janeiro, que estimulou as invasões de terrenos e locais vazios, por parte dos ditos pobres. Bem como estimulou a criação de camelódromos, mas proibiu também a ação da polícia contra bicheiros e a de combate aos bandidos nas favelas.

    Dessa forma, eis o resultado da omissão das autoridades brasileiros no tocante à ordem pública. O crime alcançou o poder paralelo, a ponto de obrigar o cidadão comum a esconder-se da melhor maneira que puder, inclusive mantendo-se atrás de grades em sua própria residência.

    No âmbito político foi onde a bandidagem tomou conta. E o exemplo disso se vê no Congresso Nacional, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras dos Vereadores. Legisladores criando e fazendo horrores em matérias de leis que só favorecem a criminosos. Leis com excesso de atenuantes que fazem com que mais ninguém tenha medo das leis e nem das autoridades. Eis mais outro resultado de tanta bandalheira.

    Mas para que ninguém se assuste, há a necessidade de se apontar um culpado desses revertérios todos. E é uma questão tão simples. E só existe um culpado: O POVO. Sim, ele é o próprio culpado de tudo de ruim que existe e que estamos enfrentando no país. Porque a omissão é tão grave quanto uma má ação.

    O comprometimento da população nas mazelas que assistimos e convivemos, é fato facilmente comprovável. E só não vê quem não quer ou quiser. Olhe para o lado. Na família, na vizinhança, no trabalho. Enfim, em qualquer lugar em que estejamos, convivemos com gente nociva. Gente que age mal. Que usa de oportunismo, vantagens, locupletações e afins. Claro que além de duro de dizer isso, é muito triste. Mas necessário.

    Dessa forma, diante do grau de gravidade que alcançamos, e desse total comprometimentos de muitos, tal situação não se resolverá de forma leve e nem tranquila. Não. Haverá a necessidade de ações pesadas contra muita gente. E elas não quererão largar e nem abandonar a boquinha que conseguiram. Mesmo com o auto custo que todos pagamos. Inclusive, como estamos vendo, já estamos usando uma moeda vital: a própria vida, pedindo-se desculpas quase que pela redundância.

    Mas só o tempo nos dará todas as respostas que precisamos, bem como as devidas soluções para toda essa situação descabida que se estabeleceu nesse nosso país e em nosso cotidiano.

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 03/05/2017
Código do texto: T5988196
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