Instinto de sobrevivência

Mesmo nos momentos mais difícies, nas piores situações, em meio a perseguições e toda sorte de privações e dificuldades. até mesmo quanto pinta o desespero, sempre resta no âmago dos desesperados e oprimidos um sentimento que pode não só serde consolo e lenitivo, mas também uma espécie de resquício de força que pode ser uma espécie de força para, quem sabe, se dar a volta por cima.

Esse sentimento é o tal instinto de sobrevivência. É um toco de vela, uma réstia, uma fresta, aquele restinho de força que impele o desesperado e o oprimido a sonhar, a ousar reagir, a lutar.

Sempre me vem à mente, quando presencio as injustiças contra os menos favorecidos, a imagem daqueles escravos acorrentados no porão dos navios, igual àqueles remadores do fime Ben-Hur ou aos escravos que eram trazidos da África em navios negreiros. Por que eles permanececiam vivos? Como suportavam tanta maldade e tortura? Como conseguiam xobreviver em meoi àquele inferno? Por que não se livravam logo daqueles sofrimentos? Simplesmente porque sonhavam com a liberdade, porque nutriam um resto de esperança, uma possibilidade de um dia serem livres. Esses instinto de sobrevivência é a esperança.

Sou um homem sem religião, mas me considero cristão. Não há um só dia que não reze a Deus, a Jesus e a Nossa Senhora pelos pobres do Brasil, e, paralelamente a isso, dentro das minhas limitações, tento lutar, fazer algo, protestar, denunciar, ser solidario com os pobres. Acho que todos precisamos quebrar os grilhões que prndem os mais pobres. Nao para prestigiar este ou aquele partido político, ou este ou aquele líder, mas parasermos solidários com os injustiçados. Fazer isso é para mim, juro, um instinto de sobrevivência, não vivo sem ser solidário com o povo. Sempre vou nutrir a esperança que um dia se fará justiça ao povo. Um dia, hermanos e hermanas, vamos repetir o verso do poeta, "Só povo reinará! Só o povo reinará!". Inté.