"TEM GENTE QUE É CEGA, DEVE SER PATRÃO!"
Fico até sem jeito, posso parecer indelicado. Mas haveria empregado se não existisse patrão? Não será a visão do patrão que faz a firma prosperar? investimentos, economia, emprego, capital de giro, impostos, não dependem de novas indústrias, novas empresas, e de empresários, diretores, patrões? À pergunta do título, que recebi de resposta a um comentário que fiz, tive que responder com outra: Pode me citar um item do projeto de reforma que vai lhe afetar como trabalhadora? Um só! A menos que a senhora seja sindicalista, aí sim vai afetar mesmo...esse é o motivo único da chamada greve, com direito a queimar pneus, impedir a liberdade de ir e vir das pessoas, o direito de trabalhar, de ir à escola, ao banco, ao médico... Depredar bens públicos e particulares a senhora acha certo? Isso é ter visão? A senhora acha que patrões e donos de negócios se comportariam desse jeito? A senhora prefere seus filhos acompanhando esses bandos de vândalos ou trabalhando atrás de uma bela mesa, com bons e satisfeitos empregados, em uma firma de sucesso? Então, prepare seus filhos para serem patrões, e se forem empregados, que sejam pelo menos os patrões de si mesmos e não maria-vai-com as outras. Desculpe o desabafo, talvez eu tivesse que me calar, já que, na maioria das vezes é dar murro em faca tentar dialogar com os lacaios desses movimentos partidários e sindicais. Mas tenho amigos na situação da senhora, que nem ao menos leem os textos das propostas e já são contra, e, pela consideração, tento ajudá-los a enxergarem pelo menos um palmo à frente do nariz. Feliz será o dia em que todos forem patrões, ou preparados para tal. Mas concordo com a senhora, TEM GENTE QUE É CEGA! Mas estes nunca chegarão a patrão.
Após minha réplica, veio a tréplica. Nada como o diálogo:
"...Entendo que tais reformas deveriam partir de amplas discussões com a população, já que dizem ser este país uma democracia. Temos visões diferentes da realidade que eu não teria como conversar neste espaço... Respeito, com sinceridade, a sua interpretação desta mesma realidade. Acredito estarmos no mesmo barco à deriva!".
Sem intuito de polêmica, ainda argumentei:
Até o momento os "grevistas" não me apresentaram uma única perda de seus direitos adquiridos. Concordo com a senhora quando diz que tem que ter uma ampla discussão. Mas discutir com quem quebra ônibus e coloca fogo em pneus? Com quem bate em passageiros dentro de aeroportos? Com quem quebra fachadas de bancos? Com quem brande o vermelho no lugar do verde e amarelo? (notou que na "greve" não tinha uma única bandeira do Brasil?). Também concordo com a senhora, quando diz que estamos no mesmo barco, à deriva! Se estamos à deriva é porque não remamos, e se remarmos para lados diferentes não sairemos do lugar, como na Fábula dos Burros de La Fontaine. Mais uma vez, nada contra a senhora, receba meus respeitos, mas tenho tudo contra as ideias de jerico desses sindicalistas de araque. Meus sinceros e respeitosos cumprimentos.
O início de tudo foi uma selfie dessa senhora, professora aposentada, em minha rede social. Deve ser amiga de amigo de algum primo meu. Mas, se caiu na minha rede, tenho direito de contestar! E assim o fiz.
Armand de Saint Igarapery - textos no Face e no Recanto das Letras