A noite é filha do caos
Não é uma frase de efeito não, é uma realidade mitológica. A noite é nix, camarada! E as noites, no outono do existir, são mais caóticas por vezes do que deveriam ser e é quase sempre quando ela vem.
São noites densas, tensas, mensas onde os iguais se sentam pra beber e esperar.
À noite, quando tudo é aparente calma e quietude, busca-se no manter-se acordado uma saída; a noite é barra e esbarra na barra da saia do amanhecer.
À noite a pressão aumenta, o tempo esquenta, esfria, inventa uma forma mágica de manter o que aparenta. O caos é pai da noite e esta, filha pródiga que é, mantém o anárquico espírito caótico que a criou. O caos resvala no irremediável ao qual nunca se assemelha, embaça aí noite serena que querendo ou não, no alvorecer espreita. E vê!