Obesidade Infantil

Sabe, hermanos e hermanas, aquele papo sobre assunto sério que a gente acha chato, mas às vezes, não pode evitar e faz de conta que está ouvindo com atenção? Vou contar um que fiquei ouvindo chateado paca. Seguinte: estava com os amigos de sempre, alguns metidos a cosmopolitas em compotas e outros especialistas em tudo, quando um deles começou a "dissertar" sobre os perigos da obsesidade infantil, tema que está em alta dentre a camada classe média. O cara dizia excitado que, segiundo pesquisas seríssimas, de cada três crianças brasileiras, uma era obsesa. Que isso gerava sem dúvida no futuro problemas de diabetes, hipertensão e colesterol alto. Mais: que nos países do primeiro mundo - enfatizou os que conhecia, tinha que lembrar que é viajado - as crianças são rotineiramente avaliadas e quando estão acima do peso ideal são obrigadas a prder peso; se estão abaixo, têm que ganhar peso. E concluiuque o nosso patropi precisa encarar o problema criandoumprograma de saúde específico para combater a obsesidade infantil.

Estávamos num café que fica na frente de um sinal de trânsito, quando o sinal fechava alguns garotos pobres e raquíticos aproveitavam para fazer malabarismo, vender balas e chicletes, limpar os vidros dos carros, enfim, tentar ganhar uns trocados para comer. O carinha foi querendo detalhar o programa antiobesidade infantil, mas eu pedi um aparte e apontando para os garotos, perguntei: - Cara, não seria melhor primeiro criar um programa para dar três refeições diárias para os garotos e crianças como aquelas? O sujeitoficou puto e apelou para a surrada desculpa de todo coxinha: - Lá vem você meter política num assunto sério. Mas encererou e começamos a falar sobre futebol.

O grande problema de uma parte da classe média é pensar que somos uma Suécia quando ssmos apenas auma espécie de Haiti gigante.Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 29/04/2017
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