Esse caos chamado Brasil
Alguém me localize, me oriente, acho que estou perdida em meio a este caos chamado Brasil... Amo meu país, mas às vezes sinto vergonha de ser brasileira... Pior, às vezes não me sinto daqui... Contraditório, não? E como não sê-lo, uma vez que faço parte do povo mais contraditório do mundo? O país das mazelas é o mesmo país do carnaval mais rico do planeta... O país das misérias é o mesmo capaz de pagar milhões pra ver alguém correndo atrás de uma bola... O país de milhares de desempregados passando fome, é o mesmo dos que perdem um amigo, mas não perdem uma piada e morrem de rir de suas próprias desgraças.
E por falar em desgraças, por um acaso existe alguém satisfeito com essas Reformas que estão tentando nos enfiar goela abaixo? A não ser os pseudo-entendedores pagos pelo próprio governo ou pelas grandes mídias, não vejo ninguém dizer que está satisfeito ou, que isso será bom para o povo. Se o que haverá com essas mudanças absurdas, será uma tremenda injustiça contra a classe trabalhadora, já tão surrupiada e suprimida, não seria agora, hora dessa mesma classe se unir e não deixar que certas barbaridades acontecessem no país? Mas como? Se brasileiro só sabe esperar feriado, fazer festa, contar piada e discutir sobre futebol? Bom, ou eu estou louca ou vivo num país de loucos... Mas tudo bem.
Posso até estar equivocada, mas se é pra ir contra as tais reformas, seria uma tremenda idiotice assumir a posição do partido A, B ou C... Se cada um ali só visa seus próprios interesses, não caberia logo a nós, povo brasileiro, ser de esquerda, direita, vermelho ou amarelo, coxinha ou mortadela... Também não caberia a nós, os grandes prejudicados, levar tudo isso como uma grande baderna ou uma competição do Campeonato Brasileiro... Há algo muito mais importante que isso em foco... Há em jogo a dignidade do povo trabalhador. Os brasileiros ainda não se deram conta, mas esse protesto, se, de fato existisse, não deveria ter raça que não fosse a nossa, ou as cores que não fossem o verde e o amarelo.
Acho curioso quando ligo a TV e vejo as grandes manipuladoras de opinião dizendo que hoje o dia foi um caos. E que, apesar da maioria do comércio não ter aberto as portas, os bancos e algumas escolas não funcionarem, dos enormes engarrafamentos nas principais rodovias, da falta de transportes públicos e dos tumultos formados nas ruas, contraditoriamente, não houve greve geral e sim uma grande baderna sindicalista... Quando vejo determinadas postagens, sinto que algumas pessoas também se vangloriam porque não houve adesão e nem protesto... Alegam que a força sindical não conseguiu o que queria... Não estou aqui pra defender sindicalista, que a meu ver é uma classe tão corrupta quando à política, o foco aqui não é esse e sim o próprio protesto em si. O ato de protestar não seria uma forma de dizer a esse governo que não estamos de acordo com o que eles nos impõem? Então, por que nos vangloriamos da “não aderência” à greve geral? Mas como estamos no Brasil, é sempre bom questionar: Mas será que não houve mesmo nenhuma aderência, uma vez que o dia fluiu de uma forma totalmente anormal? Qual seria a real intenção das grandes mídias em enfatizar com veemência que não houve aderência à Greve Geral?
Está difícil responder, não é Brasil? Como arrancar certas respostas de um país que ainda não sabe falar. Não sabe a que veio, o que quer, nem onde deseja chegar... E é exatamente por tudo isso, que às vezes desanimo de ser brasileira e com imensa tristeza, penso no futuro dessa geração. Não consigo ter esperança de mudança. Pois a mudança se faz com luta. Mas aqui, quando se fala em lutar, protestar, ou se pensa em quebrar tudo sem nenhum objetivo, ou as pessoas não se posicionam a favor do país e sim a favor de suas entidades e partidos, de seus próprios interesses e pior, discutem e brigam entre si, como se estivesse defendendo seus times de coração. O brasileiro ainda não cresceu. Ainda não aprendeu. Aqui não se luta pelo que/ e sim a favor de quem. “O protesto é da parte de quem? É do fulano ou do Ciclano? É do partido A ou B? O protesto é via sindical ou patronal?”... Mas espera aí, o protesto não deveria ser de um povo uno? O protesto não deveria ser do povo brasileiro e a favor do Brasil?
Talvez fosse mesmo um sonho, uma grande utopia minha querer que um dia, esse povo literalmente acordasse e fosse às ruas para clamar, não por seus partidos ou entidades, mas sim pelo Brasil... Talvez fosse querer demais de um povo, ainda tão imaturo, que ainda se orgulha de ser reconhecido mundialmente pelo título medíocre de “O País do futebol”, uma postura mais adulta, mais madura ou, pelo menos, pré adolescente... Sim, pré adolescente, pois se assim fosse, pelo menos teríamos a esperança de que essa gente começou a caminhar com as próprias pernas... Teríamos a esperança de que esse povo enfim começou a pensar. E aí sim, haveria uma luz no fim do túnel...
28.04.2017
E por falar em desgraças, por um acaso existe alguém satisfeito com essas Reformas que estão tentando nos enfiar goela abaixo? A não ser os pseudo-entendedores pagos pelo próprio governo ou pelas grandes mídias, não vejo ninguém dizer que está satisfeito ou, que isso será bom para o povo. Se o que haverá com essas mudanças absurdas, será uma tremenda injustiça contra a classe trabalhadora, já tão surrupiada e suprimida, não seria agora, hora dessa mesma classe se unir e não deixar que certas barbaridades acontecessem no país? Mas como? Se brasileiro só sabe esperar feriado, fazer festa, contar piada e discutir sobre futebol? Bom, ou eu estou louca ou vivo num país de loucos... Mas tudo bem.
Posso até estar equivocada, mas se é pra ir contra as tais reformas, seria uma tremenda idiotice assumir a posição do partido A, B ou C... Se cada um ali só visa seus próprios interesses, não caberia logo a nós, povo brasileiro, ser de esquerda, direita, vermelho ou amarelo, coxinha ou mortadela... Também não caberia a nós, os grandes prejudicados, levar tudo isso como uma grande baderna ou uma competição do Campeonato Brasileiro... Há algo muito mais importante que isso em foco... Há em jogo a dignidade do povo trabalhador. Os brasileiros ainda não se deram conta, mas esse protesto, se, de fato existisse, não deveria ter raça que não fosse a nossa, ou as cores que não fossem o verde e o amarelo.
Acho curioso quando ligo a TV e vejo as grandes manipuladoras de opinião dizendo que hoje o dia foi um caos. E que, apesar da maioria do comércio não ter aberto as portas, os bancos e algumas escolas não funcionarem, dos enormes engarrafamentos nas principais rodovias, da falta de transportes públicos e dos tumultos formados nas ruas, contraditoriamente, não houve greve geral e sim uma grande baderna sindicalista... Quando vejo determinadas postagens, sinto que algumas pessoas também se vangloriam porque não houve adesão e nem protesto... Alegam que a força sindical não conseguiu o que queria... Não estou aqui pra defender sindicalista, que a meu ver é uma classe tão corrupta quando à política, o foco aqui não é esse e sim o próprio protesto em si. O ato de protestar não seria uma forma de dizer a esse governo que não estamos de acordo com o que eles nos impõem? Então, por que nos vangloriamos da “não aderência” à greve geral? Mas como estamos no Brasil, é sempre bom questionar: Mas será que não houve mesmo nenhuma aderência, uma vez que o dia fluiu de uma forma totalmente anormal? Qual seria a real intenção das grandes mídias em enfatizar com veemência que não houve aderência à Greve Geral?
Está difícil responder, não é Brasil? Como arrancar certas respostas de um país que ainda não sabe falar. Não sabe a que veio, o que quer, nem onde deseja chegar... E é exatamente por tudo isso, que às vezes desanimo de ser brasileira e com imensa tristeza, penso no futuro dessa geração. Não consigo ter esperança de mudança. Pois a mudança se faz com luta. Mas aqui, quando se fala em lutar, protestar, ou se pensa em quebrar tudo sem nenhum objetivo, ou as pessoas não se posicionam a favor do país e sim a favor de suas entidades e partidos, de seus próprios interesses e pior, discutem e brigam entre si, como se estivesse defendendo seus times de coração. O brasileiro ainda não cresceu. Ainda não aprendeu. Aqui não se luta pelo que/ e sim a favor de quem. “O protesto é da parte de quem? É do fulano ou do Ciclano? É do partido A ou B? O protesto é via sindical ou patronal?”... Mas espera aí, o protesto não deveria ser de um povo uno? O protesto não deveria ser do povo brasileiro e a favor do Brasil?
Talvez fosse mesmo um sonho, uma grande utopia minha querer que um dia, esse povo literalmente acordasse e fosse às ruas para clamar, não por seus partidos ou entidades, mas sim pelo Brasil... Talvez fosse querer demais de um povo, ainda tão imaturo, que ainda se orgulha de ser reconhecido mundialmente pelo título medíocre de “O País do futebol”, uma postura mais adulta, mais madura ou, pelo menos, pré adolescente... Sim, pré adolescente, pois se assim fosse, pelo menos teríamos a esperança de que essa gente começou a caminhar com as próprias pernas... Teríamos a esperança de que esse povo enfim começou a pensar. E aí sim, haveria uma luz no fim do túnel...
28.04.2017