Velho é o mundo ou Que Nem a Caatinga

À primeira vista parece triste,destruída,onde a vida parece ter ido

embora,o tom acinzentado,sua vegetação de galhos retorcidos,muitos

espinhosos;mas basta um certa quantidade de água (chuva) e o viço

vida ressurge forte e vários tons de verde e os sons de seus habitan -

tes podem ser vistos e ouvidos.

Assim são ao pessoas maduras (tidas por alguns como velhas)princi-

palmente no que tange ao mercado de trabalho. Principalmente aqui

em nosso país,que num passado recente era tido como um país de jo-

vens,mas que devido a vários fatores estes vem sendo consumidos

(mortos ),obvia e contrariamente o perfil do país mudou.

Na atualidade há a crescente ascensão da mulher em algumas áreas

felizmente,porém por outro lado ocorre algo contraditório,paradoxal

uma vez que aumentou a expectativa de vida do povo brasileiro, e is- so é bom,entretanto, fica claro a discriminação empresarial ao não ou

quase não contratação de funcionários acima dos 45 anos ou mais por

uma visão errada e ou no mínimo deturpada.

Graduando-me (final 2017) em Gestão de Recursos Humanos e estan

do incluso nessa faixa etária não legislo só em causa própria,pelo co-

nhecimento acadêmico adquirido pela experiência de vida e por infor-

mações de outras fontes e análise do mercado fica fácil ter tal percep

ção (discriminação) ao meu ver burra por parte de direções e por con

seguinte de gerentes de RHs e recrutadores e selecionadores,estes úl

timos certamente seguindo ordens.

É preconizado que empresas e organizações possuam o tripé Missão,

Visão,Valores. Estes em certa proporção determinam o caminhar das

mesmas que hoje graças ao processo evolutivo das ciências organiza-

cionais assim como de alguns empresários que acompanham tal pro-

cesso que o maior patrimônio das boas ou grandes organizações está

no seu capital humano e ou intelectual,ou seja as pessoas onde até a

própria designação e entendimento destas mudou.

Todavia, muitas empresas e organizações insistem (erradamente di

ga-se de passagem) em " investir " na " juventude " em detrimento da experiência vivencial tanto quanto das habilidades e competências

das pessoas maduras (acima dos 45) principalmente pelo preconceito

,depois por uma perspectiva errônea de custos,ao tempo em que nou

tros países isso é valorizado, onde está o paradoxo? exatamente nas

queixas desses que quase exclusivamente contratam jovens alegando

irresponsabilidades,falta de compromisso,comprometimento,experiên

cia,isso de um lado por outro muitos jovens não são contratados exa-

tamente pela falta de experiência,ao tempo que os mais maduros não

são contratados porque são tidos como velhos,incapazes física e men

talmente, um grande equívoco. É ou não um paradoxo?

Creio que seja mais sensato e coerente que a constituição de empre

sas e organizações sejam mista (onde certamente haverá maior equi-

líbrio das forças e simbiose) favorecendo o clima e a nova cultura or- ganizacinal com maior justiça social pois ficará explicitada a relação

ganha ganha.

Senhores empresários lembrem- se: "Velho é o mundo e ainda assim

este abriga e acolhe crianças,jovens,maduros indistintamente"; vejam

os maduros como a nossa Caatinga,para uns poucos feia (pois certa -

mente não a conhece de verdade ou são preconceituosos),porém, um

bioma resiliente,que basta um pouco de chuva e sua exuberância se

mosta.

Salve esse bioma fantástico e nosso assim como nossos profissionais

indistintamente de faixa etária.

Paulo Carvalhal
Enviado por Paulo Carvalhal em 28/04/2017
Reeditado em 03/05/2017
Código do texto: T5983556
Classificação de conteúdo: seguro