úlceras, lesões, ofensas, injurias, agravos. Você tem que saber que não é invulnerável

Às vezes eu me olho no espelho e me pergunto se aquele perdão que eu não consigo dar cicatrizaria todas essas feridas.

E eu vejo as pessoas repetindo “você anda muito corajosa nos seus textos” Bem... Há de se ter coragem pra ao menos uma coisa. Que seja sangrando as pontas dos dedos nesse teclado. Mas em contrapartida, não sei bem se coragem é a palavra certa para estes textos. Analise você. Eu tenho chamado de redenção.

A gente nem sempre quer assumir que o remédio pra essa vida é o amor, meu amor. Simplesmente porque nem sempre sabemos até onde amar foi causa de todo esse distúrbio.

É quase insuportável a aflição de se esticar para caber no mundo de alguém. Eu digo ‘quase’ porque a gente sabe de todos os cortes, de todos os nervos saltados no antebraço, e toda insônia, sustos e alucinações mas mesmo assim a gente se estica. Também acho cruel fazer com que outra pessoa desgaste sua mielina se esticando para me salvar quando eu deveria decidir até onde sou antídoto ou veneno pra mim mesma.

Vomita que melhora. As vezes a regra de sobrevivência é expor. Vomita que melhora, Mrs Ramsey.

*Textos de Quinta - Para fugir da responsabilidade.

Um a cada quinta. Não é promessa, é desejo =)

Marília de Dirceu
Enviado por Marília de Dirceu em 27/04/2017
Reeditado em 27/04/2017
Código do texto: T5982658
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