Rosário das emoções ressuscitadas

Neste final de noite confesso que ia voltar a falar na crise brasileira, a mim revolta saber que vão sacrificar os mais pobres, excluindo de qalquer sacrifício os privilegiados. No entanto, resolvi dar um tempo, afinal estou cansado de dar murro em ponta de faca, estou notando que boa parte do povo está se lixando para o retrocesso social.

Assim, volto a minhas lembranças do passado, não a nenhum causo ou acontecimento dos meus tempos de criança e adolescente, mas doexercício para lembrar os tempos idos. Tenho város macetes, músicas,leituras, objetos eo devaneio, as divagações, basta ficar sozinho e atiçar as embranças e elas aparecem que nem um filme. Juro.

Mas adoro um trecho de Proust, que está no seu livro "No caminho de Swann". Ele conta como conseguiu recordar a sua cidadezinha:

"...E como nesse jogo em que os japoneses se divertem mergulhando numa bacia de porcelana pedaços de papel até então indistintos que mal são mergulhados, se estiram, se contorcem, se colorem, se diferenciam, tornando-se flores, casas, pessoas consistentes e reconhecíveis, assim agora todas as flores do nosso jardim e as do parque do Sr. Swann, e as ninféias do Vivonne, e a boa gente da aldeia, e suas pequenas residências, e a igreja, e toda Combray e suas redondezas, tudo isso que toma forma e solidez, saiu, cidade e jardim, da minnha xícara de chá".

Sou arriado por esse exercicio de lembrar o passado. Coisa de velho. Tamabém acho que é preciso um certo distanciamento como o que mantive em relação `a mnha terra natal, Arcoverde, é positivo porque depois na volta a gente valoriza ainda mais a terrinha, nao a de hoje mas a que ficou na nossa mente e coração.Por isso adoro uma frase de um escritor pesqueirense que sintetizou tudo o que pemnso desse distanciamento:

"Na verdade ninguém esquece os caminhos da infância. O pequeno país que ficou sepultado na bruma. Todo homem guarda no coração a mensagem que lhe entrou pelos olhos, mal-abertos para os mistérios da vida. O importante, porém, é reconquistar a paisagem perdida. Encontrar, novamente, os velhos caminhos. E por eles andar, de alma alegre, vendo desfilar o rosário das emoções resssusciadas".

Ah, saudade, saudade tão grande. Saudade do passado. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 24/04/2017
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