O Balde e o livro
Não é sempre que o período matinal me traz disposição ou com o melhor sorriso no rosto, nem sempre o café forte é capaz de me deixar ativa. Devido estar muito cedo diversas vezes saio sonolenta e cansada tudo isso porque durmo pouco ficando até altas madrugadas com insônia cheia de pensamentos agitados, Quando saio para meus compromissos cambaleando pelas ruas da minha vizinhança costumo notar uma figura que me chama atenção, dei o pseudônimo de “velha do balde”, acredite em mim, não fiz isso por maldade ou qualquer intenção pejorativa, foram as circunstâncias e minha falta de imaginação que fizeram isso.
Trata-se de uma senhora de aproximadamente 60 anos, estatura baixa, cabelos grisalhos, afrodescendente, anda mancando, pois tem uma perna mais curta que a outra e detalhe está sempre carregando um balde, o mesmo que serve de instrumento para seus afazeres como: carregar terra, adubo, lixo auxiliando no momento em que limpa o quintal ou cuida de suas plantinhas, mas são raros os momentos que vejo-a sentada pensando na vida apenas relaxando.
E assim noto nossos contrastes eu jovem, com livros na mão ando tão cansada e ela já idosa com seu balde tem mais disposição.