INFELIZMENTE OS ATARES SÃO REAIS

Baleia azul para cá, baleia azul para lá, não se fala noutra coisa. Fatos como estes fazem surgir toda sorte de especialistas, toda sorte de doutos, todos eles arriscando as causas e os efeitos. Todos eles extremamente preocupados com a ética do politicamente correto, preocupados em expor teses mirabolantes das causas, mas incógnitos nas soluções.

O mundo da baleia azul pode ter origem em tudo, mas somente podemos tratar daquilo que não venha chocar-se com as tais conquistas dos jovens.

Exemplificando:

- A carteira azul é um preconceito, porque os jovens não são preguiçosos. De fato eles não são preguiçosos, mas somente querem fazer aquilo que lhes dá na teia. Sempre foi assim, talvez um pouco menos em gerações passadas pelo respeito ou medo ao chinelo azul.

Esta onda da baleia azul é injusta com este mamífero, pois embora ela pertença a mesma classe dos humanos, ela não caça o seu semelhante, somente pequenos peixes, nem de humanos, nem cogumelos.

Já os humanos caçam seu semelhante desde pequeninos, nas ais tenras idades as brincadeira são de dominação, de levar vantagem, de causar sofrimento.

Exemplificando:

- Nas quermesses brincávamos de cadeia, as meninas eram presas e assim talvez um menino se encorajasse em pagar para que fosse solta;

- no recreio escolar as brincadeiras de polícia-ladrão, o pega-pega, que não raras vezes resultava em alguém machucado; e

- o pior, a tortura, atualmente mascarada como bullying. Sobre esta dominação do humano sobre o humano, institucionalizada ao longo dos séculos em academias militares e civis, internatos, orfanatos e seminários, a argumentação de impor disciplina, mas realmente sempre com excedente voltado a satisfazer o prazer, muitas vezes de psicopatas.

Esquecem os especialistas, os doutos, que a mudança de comportamento dos jovens não é de agora, começou mesmo lá nos jogos de videogames, os atares, aqueles da idade da pedra, onde quase em todos, o objetivo era matar, com a garantia de que se morrêssemos bastava reiniciar o jogo. Atualmente dominar e matar um oponente do jogo não satisfaz mais, precisam matar sem sujar as mãos de sangue, sem dar um tiro, sem enfiar a espada.

Matam sem sair de casa, por indução ao suicídio. Matam assim para dominar o rebanho.

Não sou especialista, não sou douto, então arrisco que os jovens que caem nesta sentença de morte, o fazem como parte de seus mundos, mundos de fantasia, mundo de ilusão.

Mudança tida como dogma, podemos fazer piadas, mas não podemos receitar que as operadoras sejam desligadas coercitivamente, dentro das escolas, tipo nos presídios, desligadas da meia noite as seis da manhã, coercitivamente pelos pais, para que os jovens possam descansar. Mero sonho, mera provocação.

Infelizmente os atares tornaram-se reais e talvez um dia possamos recompor vidas dando em troca cogumelos.

ItamarCastro
Enviado por ItamarCastro em 21/04/2017
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