O acento gráfico
A dúvida quanto à acentuação gráfica de uma palavra, num primeiro momento, tem a ver mais com o “desconhecimento” de alguns poucos conceitos, do que propriamente com as “dificuldades” da escrita culta; saber se a palavra é oxítona, paroxítona ou proparoxítona é o básico para se acentuar de forma assertiva ao escrevermos, em gêneros mais formais, tais como: e-mails profissionais, redações de vestibulares, ao responder testes como candidato a uma vaga de emprego etc.
Saber o que é um ditongo ou quando ocorre um hiato são conceitos importantes para a comunicação escrita culta. Tais conhecimentos facilitam o entendimento e nos dão instrumentos com que trabalhar diante das formalidades. Tais conceitos da acentuação gráfica podem ser, desse modo, assimilados como fossem receitas “de bolo” e assim nos “dizer” se uma palavra deve ou não ser acentuada, quando do seu registro escrito mais formal (trabalhos escolares, científicos etc.).
Existem três regras gramaticais importantes na acentuação gráfica, as quais nos permitem acentuar com mais confiança: 1- todas as proparoxítonas são acentuadas; 2- todas as paroxítonas terminadas em ditongo são acentuadas; 3- acentuamos o segundo elemento do hiato, quando este for “i” ou “u” tônico... E é bom lembrar que elas ainda valem! Isto é, as normas acima “sobreviveram” a este novo acordo ortográfico.
As regras da gramática normativa para a acentuação gráfica não se resumem às destacadas no parágrafo anterior. No entanto, a lacuna que se abre diante do “desconhecimento” acerca dos demais conceitos é de certa forma preenchida através da memória visual do leitor médio, que lê com certa frequência, revistas, jornais, livros etc.
A incidência de palavras acentuadas é sempre menor do que aquelas que não levam o sinal diacrítico. Em suma, a nossa língua escrita culta (variedade de prestígio) − no que se refere à acentuação gráfica; não é tão difícil assim quanto dizem, não é mesmo?