O OLHAR E A VOZ DE UMA PESSOA DIZEM QUEM ELA É REALMENTE.
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Sexta-Feira, 21 de Abril de 2017
Não sou religioso. Não possuo e nem sigo nenhuma religião. Digo que estou mais para um agnóstico do que outra coisa, porque estes não discutem se Deus existe ou não. E acham pura perda de tempo tal discussão. Dessa forma, quero afirmar que acredito, sim, em uma força superior que rege a tudo e a todos no universo. Dentro e fora dele. Mas longe das conotações religiosas que empregam por aí.
Dentro dessa perspectiva, nunca fecharei porta alguma a respeito, porque como se manifestou Shakespeare através de um dos seus personagens, "existe mais mistérios entre o Céu e a Terra do que imagina a nossa vã filosofia".
Sendo assim, penso ser inexplicável muitas das circunstâncias que nos cercam em nossas vidas e em nossos cotidianos. De onde tenho plena convicção de possuir certas características, que podemos chamar de propriedades, uma das quais me facilita observar as pessoas de forma natural, observando seus jeitos, modos e ações, tirando daí um perfil bem próximo do que uma pessoa seja.
Talvez isso nem seja tão difícil de qualquer um praticar, basta ter concentração e interesse nisso. Porque cada um de nós traz em si procedimentos peculiares. que fazem com que ajamos de uma forma que passa a ser, digamos, a nossa marca registrada. O que isso se pode considerar como a própria personalidade.
Então, através dos nossos rictos faciais e as nossas entonações sonoras, expressamos a nossa realidade comportamental para todos. Sem conseguirmos ludibriar a quem for, desde o momento que não nos deixemos levar por certos subterfúgios, que geralmente usamos quando queremos passar uma outra personalidade para o semelhante.
E é dentro desse âmbito que percebo que grande parte das pessoas no mundo usam desse artifício. Escudando-se numa displicência natural da maior parte das outrasas que não estão em vigília constante na vida. E aqui não custa lembrar de uma parábola cristã que diz: "orai e vigiai". E o que isso quer dizer? Que não devemos, nunca, nos distrair no que tange à convivência com os semelhantes. Até muito pelo contrário, devemos observar a tudo e a todos, o tempo inteiro. E só assim conseguiremos nos livrar as muitas armadilhas que se nos pregam nesse nosso cotidiano.
E após um longo prólogo, o que se quer dizer aqui é com relação a algumas pessoas que atuam principalmente na televisão. Estas buscam, quase sempre, enganar a seu semelhante através do oportunismo. E um caso bem específico é o do apresentador Geraldo Luís da Record. Que todos os Domingos apresenta em seu programa uma situação de alguma celebridade que caiu em desgraça, pode-se dizer, e ele faz uso de manobras emocionais fora do normal.
Quase sempre retrata aquele personagem como alguém que sofreu sem merecer. E nisso usa de recursos abomináveis , explorando situações que até nem são autênticas. E desenvolve o seu programa como se tudo fosse uma coisa natural de se mostrar.
E foi no site do MSN, na internet, que vi uma matéria abordando sobre esse comportamento infeliz desse apresentador. O cantor Zezé de Camargo e o ator Pedro Paulo Rangel, se manifestaram de forma contundente sobre esse personagem, reclamando muito da forma como ele age com os que são o foco desse seu programa dominical na televisão.
O que me impressiona nele é a frieza e a desfaçatez de querer passar para as pessoas uma condição que não tem. Se pegassem uma máquina que diz ser a "da verdade" e a colocassem naquele programa, medindo as entonações que ele produz durante o mesmo, todos perceberiam e veriam as suas falhas. E que são grosseiras. Mas, infelizmente, as pessoas se deixam levar por gente assim, bem como por tal tipo de exploração emocional.
O que estarrece é saber que o mundo está cheio desse estereótipo . E não custa nada lembrar dos políticos tupiniquins, que são mestres nesse tipo de performances e conseguem enganar a maioria do eleitorado. Fazer o quê?